Derrotado na eleição presidencial deste ano, Fernando Haddad (PT)
declarou neste sábado (17) ter gastado em sua campanha um valor 15
vezes maior que aquele declarado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
O petista entregou sua declaração na tarde deste
sábado, data limite para que os candidatos que disputaram o segundo
turno apresentassem suas contas.
Pelas informações prestadas, Haddad
arrecadou aproximados R$ 35,4 milhões (sendo R$ 33,7 em recursos
financeiros) e gastou R$ 37,5 milhões, restando uma dívida de campanha
de cerca de R$ 3,8 milhões.
Impedido de disputar a eleição com base na lei da
Ficha Limpa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocupava
a cabeça de chapa antes de Haddad, ainda antes do primeiro turno, havia
declarado arrecadação de R$ 20,6 milhões e gastos de R$ 19,8 milhões.
Já Bolsonaro
declarou ter arrecadado R$ 4,4 milhões e gastado R$ 2,5 milhões. Ele já
havia entregue suas contas. Vítima de uma facada em 6 de setembro,
Bolsonaro passou a maior parte da campanha no hospital ou em casa,
recuperando-se.
A área técnica do Tribunal Superior Eleitoral concluiu na segunda-feira (12) análise preliminar da prestação de contas da campanha de Bolsonaro e apontou 17 indícios de irregularidade na documentação entregue pela equipe do presidente eleito.
Reportagens da Folha mostraram a campanha de Bolsonaro omitiu dados da prestação de contas do primeiro turno.
Algumas das informações também não foram apresentadas
na prestação final das contas da campanha, entre elas o trabalho de um
dos principais advogados da campanha, Tiago Ayres.
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