quinta-feira, 18 de outubro de 2018

MPE vai apurar denúncias de doações ilegais para campanha de Bolsonaro


Pelo menos dois pedidos de investigação já foram protocolados na Procuradoria-Geral Eleitoral
O candidato à Presidência, Jair Bolsonaro
O Ministério Público Eleitoral (MPE) vai apurar a suspeita de que empresas privadas estejam fazendo doações ilegais para a campanha do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).
Pelo menos dois pedidos de investigação já foram protocolados nesta quinta-feira, 18, na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE). A expectativa é que outras representações sejam apresentadas diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral(TSE).
De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira, 18, pelo jornal Folha de S.Paulo, empresas que apoiam Jair Bolsonaro estariam pagando pelo serviço de disparo de mensagens pelo WhatsApp a fim de favorecer Bolsonaro.
Procurado para comentar a denúncia publicada pelo jornal, o vice-procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros informou, por meio da assessoria do MPE, que não concederá entrevistas pois o órgão não pode antecipar qualquer posicionamento sobre casos em análise.
A reportagem diz ter apurado que alguns contratos podem chegar a R$ 12 milhões. A prática, como lembra o jornal, é ilegal, pois, se confirmada, trata-se de doação de campanha, o que é vedado por lei, assim como o financiamento empresarial.
Ainda segundo o jornal, as empresas de marketing digital se valem da utilização de números no exterior para enviar centenas de milhões de mensagens, burlando as restrições que o WhatsApp impõe a usuários brasileiros. As atividades envolvem o uso de cadastros vendidos de forma irregular. A legislação eleitoral só permite o uso de listas elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas.
Bolsonaro defendeu-se da acusação por meio de sua conta no Twitter. “O PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela verdade. Roubaram o dinheiro da população, foram presos, afrontaram a justiça, desrespeitaram as famílias e mergulharam o país na violência e no caos. Os brasileiros sentiram tudo isso na pele, não tem mais como enganá-los!”, disse o candidato, alegando que o PT “desconhece e não aceita apoio voluntário”.

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