O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva deve ter uma recepção menor em Curitiba para o
seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro, marcado para hoje, às 14h.
De acordo com Dr. Rosinha, presidente estadual do PT do Paraná, a
expectativa é que o ato pró-Lula possa reunir quatro mil pessoas, menos
que os cerca de 5 mil manifestantes vistos em 10 de maio, data do
primeiro encontro entre o ex-presidente e o juiz da Lava Jato.
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a depor hoje para o juiz federal da Operação Lava Jato
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná
disse em nota esperar cerca de 2,5 mil manifestantes favoráveis ao
petista amanhã. O efetivo destacado para acompanhar os atos também será
menor, cerca de mil homens, contra quase 1,7 mil PMs e mais de 3 3 mil
agentes de segurança pública em maio. Manifestações de grupos hostis ao
PT e Lula, como o Movimento Brasil Livre (MBL) também estão agendadas em
outros pontos da capital paranaense.
Com a expectativa de mobilização menor, a
Justiça Federal em Curitiba manteve o expediente ontem, ao contrário do
que aconteceu em maio, quando o tribunal fechou as portas com receio da
confusão.
Enquanto o ex-presidente depõe, o PT organizou
uma programação que inclui atividades culturais e aula pública com o
ministro da Justiça do governo Dilma Roussef, Eugênio Aragão, o senador
Roberto Requião (PMDB-PR) e o líder do MST, João Pero Stédile.
Às 19h, está agendado um ato público de
políticos do partido. Entre os confirmados pela organização, estão a
senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e os senadores
Humberto Costa (PE), Lindbergh Farias (RJ), Fátima Bezerra (RN) e Paulo
Rocha (PA). Presente em maio, a ex-presidente Dilma Roussef ainda não
decidiu se vai a Curitiba amanhã.
Lula vai depor a Moro dentro do inquérito em
que o petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
supostamente recebido da empreiteira Odebrecht para compra de um terreno
destinado abrigar a sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho
ao que o petista reside em São Bernardo do Campo. Em maio, o
ex-presidente foi interrogado em outro processo, referente ao triplex do
Guarujá, na qual o juiz o condenou a nove anos e seis meses de prisão.
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