sexta-feira, 9 de junho de 2017

Cooperativa da agricultura familiar lança chinelo orgânico Bio Brazil Fair

 
Látex, fibra de açaí e corantes naturais, como o urucum.  As matérias-primas deram origem ao novo produto da Encauchados de Vegetais da Amazônia: o chinelo orgânico.  A novidade foi lançada na Bio Brazil Fair | Biofach América Latina, no espaço Brasil – Produtos da Agricultura Familiar, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).
A artesã Maria Damasceno, representante do projeto e produtora da Polo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais (Poloprobio)  - um dos 10 empreendimentos selecionados pela Sead para a feira - explica que a ideia do chinelo surgiu como solução ao excedente de látex extraído pelas famílias seringueiras das comunidades ribeirinhas da Ilha de Marajó e Tapajós, no Pará.
Com a sobra, uma nova obra de arte. “Nós já trabalhávamos com o artesanato, mas ainda ficávamos com muito látex. Também tínhamos fibras vegetais residuais, principalmente, do processamento do açaí. Então, resolvemos unir o açaí, alimento dos ribeirinhos, com a borracha, nosso sustento histórico”, conta Damasceno.
A sandália é 100% sustentável. A palmilha traz uma folha representando a floresta. No solado, um desenho marajoara lembra a força do povo nortista e a beleza da cultura local. “Nós trouxemos 100 pares para a Bio Brazil e já vendemos 90%. É um orgulho muito grande para as famílias de agricultores familiares que produziram as sandálias”, ressalta a artesã.
O chinelo orgânico é vendido a R$ 80 e também pode ser adquirido pelo site:  www.poloprobio.org.br. Todos os visitantes que comparam as sandálias participam de uma pesquisa de opinião para saber se o produto é confortável e durável.
Comercialização
Esta é a segunda vez que os encauchados participam da Biofach América Latina. A última participação garantiu negócios no Brasil e no exterior, em mercados como o de Recife e da França. Para Maria, a feira é uma ótima oportunidade não só para fazer novos clientes, mas também para adquirir conhecimento e amadurecer o empreendimento. “Com as feiras que já participamos melhoramos muito o nosso trabalho, o atendimento e a forma de divulgar a nossa produção. Sem contar que voltamos com as baterias recarregadas, motivados para aumentar a produtividade”, afirmou.

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