quarta-feira, 17 de maio de 2017

Operação Vertente está paralisada no RN

O abastecimento está suspenso desde fevereiro no município de Lagoa Nova, 
Os caminhões-pipa que deveriam abastecer as zonas urbanas de 24 cidades com falta d'água, em razão da seca, estão parados. A chamada Operação Vertente deveria ter iniciado a segunda etapa no dia dois deste mês. Entretanto, um atraso no pagamento dos meses de janeiro e fevereiro de 2017 – referentes a Vertente I – trava o serviço. Os proprietários dos caminhões-pipa se negam a continuar sem que o governo pague o valor atrasado. Segundo os pipeiros, o valor é algo em torno de R$ 1 milhão.
2ª etapa da Operação Vertente prevista para dia 2 não começou
Os cerca de 20 proprietários dos veículos transportadores de água haviam marcado um ato público para hoje dentro do Centro Administrativo. Depois que nossa equipe entrou em contato com as partes envolvidas na situação, os pipeiros desistiram do protesto, mas ainda irão ao centro do poder estadual, em uma comissão representativa dos empresários, para dialogar com o governo. Eles esperam o pagamento até a próxima sexta-feira.
O dinheiro da Operação Vertente vem do Ministério da Integração Nacional do governo Federal. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Defesa Civil Estadual, mas o órgão responsável por gerir o programa de abastecimento emergencial no Estado afirmou que não iria se pronunciar sobre o assunto.
Na Operação Vertente I, o número de cidades atendidas variou entre 13 e 22 de setembro de 2016 a fevereiro de 2017. Essa mudança ocorria em função do restabelecimento do sistema regular de abastecimento de água da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern). No total, 58 caminhões-pipa foram utilizados na Vertente I.
Para a primeira fase, o Ministério da Integração Nacional enviou R$ 3.953.999,20. Num documento da Defesa Civil estadual, atualizado no dia seis de fevereiro deste ano, estavam previstos pagamentos de R$ 729.126,60, em janeiro, e de R$ 436.882,28 em fevereiro. Normalmente, os pagamentos eram realizados até 15 dias depois do mês em que os pipeiros prestavam serviço. Os proprietários dos caminhões-pipa relatam que apenas em setembro houve atraso no pagamento, mas eles compreenderam, uma vez que o programa estava iniciando. Em comunicados à imprensa, o governo do Estado estimou que 110 mil pessoas foram beneficiadas nessa primeira etapa.
Prevista para começar no dia dois de maio, a Operação Vertente II conta com R$ 12,7 milhões do governo Federal para beneficiar 24 zonas urbanas de cidades potiguares sem abastecimento de água regular. Sem o funcionamento desse programa emergencial, perguntamos a um dos pipeiros qual a alternativa encontrada pela população do Oeste, região onde ele atua. “A maior parte da população está comprando água, mas não é nem água potável”, disse, preferindo preservar sua identidade. Outra operação do Exército Brasileiro abastece as zonas rurais necessitadas de água. Segundo os pipeiros, essa operação permanece em andamento.

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