quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Governo já desembolsou R$ 197 bilhões em auxílio emergencial

 


Quase metade do valor foi para beneficiários do Norte e Nordeste


O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nesta quinta-feira (17) que já foram transferidos R$ 197 bilhões em auxílio emergencial para 67,2 milhões de beneficiários do programa em todo o Brasil. Segundo ele, cerca de 45% dessas pessoas vivem nas regiões Norte e Nordeste do país.

"Desses R$ 197 bilhões, R$ 68 bilhões foram para o Nordeste e R$ 21 bilhões para a Região Norte", destacou, durante live semanal do presidente Jair Bolsonaro transmitida pelas redes sociais. Guimarães também lembrou que as primeiras cinco parcelas do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, foram pagas a 45 milhões de pessoas e que integrantes do Bolsa Família já começaram a receber a sexta parcela, num valor menor, de R$ 300, que corresponde ao auxílio residual. 

Decreto do presidente publicado esta semana no Diário Oficial da União detalha as regras para a concessão do auxílio residual. As parcelas serão pagas apenas a quem já têm o auxílio emergencial, ou seja, trabalhadores que não são beneficiários do programa não poderão solicitar o auxílio residual. 

Instituído em abril para conter os efeitos da pandemia sobre a população mais pobre e os trabalhadores informais, o auxílio emergencial começou a ser pago com parcelas mensais de R$ 600 a R$ 1.200 (no caso das mães chefes de família) a cada beneficiário. Inicialmente projetado para durar três meses, o benefício foi estendido para um total de cinco parcelas. A partir de hoje, o auxílio residual passa a ser pago em até quatro parcelas mensais. 
Volta às aulas

Ainda durante a live, Bolsonaro voltou a defender o retorno das aulas presenciais no país e disse que já acionou o ministro da Educação para tratar do assunto. "Hoje, até mandei mensagem para o ministro Milton [Ribeiro], da Educação, para que se volte as aulas no Brasil", afirmou.

Ontem (16), durante audiência pública com deputados e senadores, Milton Ribeiro disse que, se dependesse dele, as aulas presenciais nas escolas de todo o país “voltariam amanhã", mas que ainda há riscos sanitários. O ministro informou também que a pasta está elaborando um protocolo de biossegurança para a retomada do funcionamento das escolas, com foco na educação básica.

Mais de 147 milhões de brasileiros poderão votar nas eleições 2020

 No dia 15 de novembro, a Justiça Eleitoral realizará mais uma eleição. Ao todo, mais de 147 milhões de eleitores brasileiros estão aptos a votar para prefeito e vereador em 5 mil 568 municípios.

O processo eleitoral brasileiro é considerado a maior eleição informatizada do mundo. Em número de eleitores, o Brasil está em quarto lugar, atrás apenas da  Índia, Estados Unidos e Indonésia.

O sistema eletrônico de votação brasileiro é referência mundial e conta com mecanismos que garantem a segurança do voto e a liberdade democrática. Desde que foi adotada no processo eleitoral, a urna eletrônica já foi utilizada em 12 eleições, sem qualquer vestígio ou comprovação de fraude. Além de passar por testes públicos de segurança, as urnas dispõem de mecanismos de auditoria e de verificação dos resultados.

Devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, o horário de votação foi ampliado em uma hora: as seções eleitorais estarão abertas para receber o eleitor das 7 horas da manhã até às 5 horas da tarde. Os idosos com mais de 60 anos terão prioridade, pois são considerados do grupo de risco.

Para garantir a segurança de eleitores e de todos os trabalhadores envolvidos com as eleições, todas as seções eleitorais disponibilizarão álcool em gel para limpeza das mãos e os mesários receberão máscaras, protetor facial e álcool em gel para proteção individual.

A principal orientação da Justiça Eleitoral é a de que o eleitor use máscara, desde o momento em que sair de casa, evite contato físico com outras pessoas e cumpra o dever cívico da forma mais ágil possível.


quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Mais de uma centena de municípios brasileiros já requisitaram a presença da Força Federal nas eleições


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já recebeu pedidos de três Tribunais Regionais Eleitorais, solicitando o envio de Força Federal para 106 localidades, no primeiro turno das Eleições Municipais de 2020. O primeiro turno vai ocorrer em 15 de novembro. Os pedidos ainda serão analisados. 

O uso da Força Federal em uma eleição busca assegurar o livre exercício do voto, bem como a normalidade, da votação e da apuração dos resultados, nos municípios em que a segurança pública necessita de reforço.

Durante o primeiro turno das eleições gerais de 2018, o TSE aprovou o envio de Força Federal para 510 localidades, de 11 estados brasileiros. Em 2016, o Tribunal aprovou pedidos de tropas federais para 467 locais de 14 estados.

O Plenário do TSE definiu que todos os pedidos de Força Federal encaminhados ao Tribunal, devem ser examinados pelo presidente da Corte. 

A Resolução, que trata da requisição de Força Federal pela Justiça Eleitoral, determina que cabe aos TREs indicar, nos pedidos, as localidades onde é necessária a atuação da Força Federal para garantir a segurança das eleições. A requisição deve vir acompanhada de justificativa. Além disso, a argumentação deve feita de modo separado para cada zona eleitoral, com indicação do endereço e do nome do juiz eleitoral a quem o efetivo da Força Federal deverá se apresentar.
A atuação de militares das Forças Armadas está prevista no Código Eleitoral. O artigo 23 afirma que compete ao TSE requisitar a Força Federal necessária ao cumprimento da lei, para garantir a votação e a apuração de uma eleição. 
Além de atuar para impedir qualquer transtorno na organização e na realização das eleições, os militares podem ser requisitados para auxiliar a Justiça Eleitoral no apoio logístico, transportando pessoal e equipamentos para localidades distantes e isoladas.

O TSE deve analisar tanto os pedidos de apoio logístico, quanto os de segurança, solicitados pelos TREs. Se aprovadas, as solicitações são enviadas ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e execução das ações implementadas pelas Forças Armadas.

MPF/RN define retomada gradual de atividades presenciais a partir de 05 de outubro


Atendimento aos cidadãos segue preferencialmente em regime eletrônico


O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) iniciará, a partir de cinco de outubro, a retomada gradual das atividades presenciais. Neste primeiro momento, o atendimento eletrônico e regime de teletrabalho seguem como regra. As idas às instalações devem seguir normas para garantir a segurança de todos. Acesse aqui a portaria PR/RN n° 120/2020, que detalha os procedimentos.

Os cidadãos que precisarem de atendimento do podem continuar utilizando os canais digitais do MPF tanto enquanto perdurar o regime de teletrabalho quanto depois da retomada presencial, se preferirem. Os serviços podem ser acessados pelo endereço http://www.mpf.mp.br/mpfservicos. Todas as unidades contarão com salas passivas para o cidadão que não dispuser de meios ou equipamentos para realizar o atendimento de forma eletrônica. Os interessados precisarão agendar a ida à procuradoria com o Setor de Atendimento ao Cidadão, por meio do telefone (84) 3232-3900.

A adoção do teletrabalho para o corpo funcional da procuradoria tem como objetivo contribuir com o distanciamento social como medida para evitar o contágio pelo novo coronavírus e, desta forma, preservar vidas, sem, no entanto, deixar de atender a sociedade. Agora, com a retomada gradativa das atividades dos mais diversos setores no estado, o MPF/RN adotará um esquema de funcionamento presencial mínimo e gradual, seguindo todas as recomendações sanitárias para prevenção da covid-19 no ambiente laboral.

Produtividade – No período de atividades remotas, de abril a junho, o MPF/RN manteve o crescimento da produtividade. A atuação extrajudicial cresceu quase 20%; foram 5,9 mil manifestações em processos judiciais (média que aproximadamente 100 por dia); também houve aumento de 13% na produção de documentos administrativos e de 78% em divulgações externas da assessoria de comunicação. Os processos físicos – que são apenas 25% do total de procedimentos – também não deixaram de ser movimentados nesse período.

Cuidados – A segurança de todos segue como prioridade. Haverá aferição de temperatura na chegada, e pessoas com temperatura superior a 37,8 °C ou com sintomas gripais serão encaminhadas para avaliação médica. Permanece obrigatório o uso de máscara a todo tempo e a higienização frequente com álcool a 70%. Membros, servidores, estagiários e terceirizados também seguirão orientações para evitar o contágio da covid-19 e a higienização dos ambientes e objetos será intensificada.

MDB encerra período de convenções no município de Lagoa Nova

 

Com a realização da convenção do diretório do MDB, encerrou as convenções municipais em de Lagoa Nova.  Homologando três pré-candidatos à prefeitura, e o site lagoa Nova Destaque apurou quais os candidatos que já foram homologados, que ainda serão oficializados até 26 de  setembro.

MDB

O diretório municipal do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) do nosso município realizou sua convenção partidária na noite de terça-feira, dia 15 de setembro, onde foram homologadas a pré-candidatura de Luciano Santos e Iranildo Aciole como pré-candidato a vice-prefeito.

Pré-candidatos a vereador do MDB

Dequinha Primo

Eliabe  

Emílio José

Genival Gerônimo

Ivamar Domingos

Keké

Lourival adão

Maria Machado

Matheus Emanoel

Paulo Machado

Preta Aciole

Rosa de Zé Chico

Yone Avelino


PSC

O diretório do Partido Social Cristão (PSC), de Lagoa Nova  foi o primeiro partido a realizar sua convenção partidária, que aconteceu em 31 de agosto. Na oportunidade  foram homologados a chapa majoritária composta pelos nomes de Jean Carlo e Paulo Vandi, como pré-candidatos a prefeito e vice-prefeito, como também os nomes que irão disputar o legislativo municipal.

Pré-candidatos a vereador do PSC

Aninha Souza

Edilberto Oliveira

Eliana Galvão

Flávio Rocha

Francisco Lima

Marquinho de Xirata

Neném Marechal

Rita Gabriella


PCdoB

O presidente da sigla no município de Lagoa Nova, AtaIde Maradona,  juntamente com os convencionais do partido realizou em 06/09 sua convenção partidária, onde homologou as pré-candidaturas a vereador, e como também o apoio à chapa majoritária do PSC, que tem como pré-candidato a prefeito Jean Carlo e Paulo Vandi como pré-candidato a vice-prefeito.

Pré-candidatos a vereador do PCdoB

Elaine Vitória

Fernandez Instrutor

Josiane

Maradona

Neto Joel

Pastor Divino

Professor Cosme

Sabryna Santos

Valdenise


Progressistas


No sábado dia 12 de setembro, o partido realizou sua convenção municipal, onde foram homologados os nomes de seus pré-candidatos a vereador e apoio a chapa majoritária encabeçada por Hélio Costa, tendo como pré-candidato a vice-prefeito Bilouro.

Pré-candidatos a vereador do PROGRESSISTA

Antonio Bento

Cledineide Félix

Cristiane Pereira

Marcus César

Raimundo Daniel

Raimundo das Castanhas

Teófilo Daniel

Toinho da Goma

Vitória Bezerra

Vilmário Cândido


PSD

O nome de Hélio Costa foi homologado como candidato à prefeitura de Lagoa Nova, em  convenção realizada em 12 de setembro, juntamente com 13 pré-candidatos a vereador. Na convenção foi oficializado o nome de Bilouro como candidato a vice-prefeito.

Pré-candidatos a vereador do PSD

Antônio de Mariquinha

Aristeu Félix

Bibi de Manoel Grilo

Carlinhos de Leó

Erivan Filho                                                              

Iris Aprígio

Junior de Joquinha

Luciano Pereira

Luzimar Aprígio

Matheus Anselmo

Mundinho

Neném de Manoel  José

Wallace Frade

 

 PSB

Dia 10 de setembro, o PSD realizou sua convenção partidária, onde foram homologados os nomes de seus pré-candidatos a vereador, confirmando seu apoio a chapa majoritária encabeçada por Hélio Costa e Bilouro.

 

Pré-candidatos a vereador do PSB

Fatinha Souza

Paulo Herôncio

Val Araújo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Prazo para convenções partidárias termina nesta quarta-feira (16)


Também é a data-limite para legendas comunicarem à Justiça Eleitoral constituição dos órgãos de direção



Termina nesta quarta-feira (16) o prazo da realização das convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher os candidatos que disputarão as Eleições Municipais de 2020. A Justiça Eleitoral prevê mais de 700 mil candidatos no pleito de novembro próximo.

A Emenda Constitucional nº 107/2020 adiou a data da votação e alterou o calendário eleitoral em função da pandemia de Covid-19. Todos os prazos eleitorais previstos para o mês de julho foram prorrogados em 42 dias, proporcionalmente ao adiamento da votação. Assim, as convenções partidárias que aconteceriam de 20 de julho a 5 de agosto foram transferidas para o período de 31 de agosto a 16 de setembro.

As convenções estão sendo realizadas no formato virtual, atendendo às recomendações médicas e sanitárias impostas pelo cenário de pandemia causada pelo novo coronavírus. Alguns partidos políticos conciliaram os meios virtual e presencial, dando-se a parte presencial de forma descentralizada, com pontos de votação instalados nos diretórios e em locais estratégicos da cidade, observando as leis e as regras de prevenção do contágio.

Todas as atas das convenções partidárias serão publicadas no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na página de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais (DivulgaCandContas), conforme determinado pela Resolução TSE nº 23.609/2019. As siglas que já realizaram suas convenções e enviaram as respectivas atas podem gerar e encaminhar o pedido de registro dos candidatos à Justiça Eleitoral.

Direção

Esta quarta-feira também é o último dia, observada a data da convenção, para que o partido político que deseje participar das eleições tenha constituído órgão de direção na circunscrição, devidamente anotado no Tribunal Eleitoral competente, de acordo com o respectivo estatuto partidário (Lei nº 9.504/1997, artigo 4º; Lei nº 9.096/1995, artigo 10, parágrafo 1º, incisos I e II; e Resolução TSE nº 23.571/2018, artigos 35 e 43).

De acordo com a legislação, para participar do processo eleitoral o partido dever comunicar à Justiça Eleitoral a constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos respectivos integrantes, bem como as alterações que forem promovidas. No caso dos órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal a anotação é realizada nos Tribunais Regionais Eleitorais.

Lei Aldir Blanc: Governo lança editais para consulta pública

 O Governo do RN, via Fundação José Augusto, faz hoje o lançamento dos oito editais para consulta pública da Lei Aldir Blanc que somam R$ 9.949 milhões para 1.442 projetos que serão beneficiados.

 
Ontem, segunda-feira, 14, foi anunciado o plano para aplicação dos recursos da Lei. Serão destinados ao RN R$ 32 milhões para auxílio emergencial específico às categorias artísticos-culturais. O Governo do RN é responsável por aplicar este recurso.
 
Os editais da FJA dão a maior abrangência possível quanto à diversidade de temáticas, abordagens culturais e meio de difusão (com ênfase para plataforma digitais).
 
 
 
SERVIÇO
Lançamento dos oito editais para consulta pública da Lei Aldir Blanc
Data: 15 de setembro, às 16h30.      
Local: Governadoria.

MPE se pronuncia em caso que pode mudar bancada federal

O Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Norte (MPE-RN) pediu nesta segunda-feira (14) que Kerinho (Kériclis Alves Ribeiro), que disputou as eleições de 2018 para deputado federal pelo PDT, se manifeste sobre a denúncia apresentada na semana passada que aponta que ele estava inelegível para o cargo quando concorreu dois anos atrás.

O caso está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), sob a relatoria do juiz Ricardo Tinoco de Goes. O MP só deve se pronunciar oficialmente sobre o assunto depois da manifestação do candidato, que recebeu 8.990 votos.

A denúncia foi feita por um grupo de 51 advogados. Eles pedem que Kerinho seja declarado inelegível. Se for atendido pela Justiça Eleitoral, esse pedido poderá alterar a composição da bancada potiguar na Câmara dos Deputados.

Na prática, Fernando Mineiro (PT) assumiria a vaga que hoje pertence ao deputado federal Beto Rosado (Progressistas).

Os advogados anexaram documentos que mostram que Kerinho foi nomeado em 17 de fevereiro de 2017 para a função de “Coordenador de Apoio aos Conselhos”, da Secretaria Municipal de Trabalho, Habitação e Assistência Social de Monte Alegre. Ele deveria ter sido exonerado em 2018, mas os advogados não encontraram registros no Diário Oficial de que ele foi exonerado.

Na petição, os 51 advogados juntaram, ainda, documentos que comprovam que Kerinho não só não pediu demissão como recebeu salário da Prefeitura de Monte Alegre em plena campanha eleitoral. Segundo os advogados, Kerinho recebeu pagamento até, pelo menos, dezembro de 2018.

“Inelegível”, dizem advogados

“Demonstra-se, assim, pois, a ausência de desincompatibilização do requerente no prazo previsto pela Lei Complementar 64, de 1990, o que o torna inelegível para o cargo pleiteado”, escreveram os advogados.

Caso Kerinho seja declarado inelegível, os votos que ele obteve nas eleições 2018 (8.990) seriam anulados. Isso forçaria um novo cálculo do quociente eleitoral, o que tiraria uma vaga da coligação “100% RN I”, formada por Progressistas, MDB, Podemos, DEM e PDT, e beneficiaria a coligação “Do Lado Certo”, formada por PT, PCdoB e PHS.

Na prática, sairia Beto Rosado, que conquistou 71 mil votos, e entraria Fernando Mineiro, que obteve 98 mil votos nas eleições de 2018.

Outro duelo judicial

Não é a primeira vez que a candidatura de Kerinho é questionada na Justiça Eleitoral. Ainda em 2018, o TRE-RN invalidou os votos do então candidato por causa da entrega de documentos fora do prazo durante o registro da candidatura. Durante a apuração dos votos, em 7 de outubro de 2018, Kerinho não teve os votos computados e Mineiro foi dado como eleito.

Porém, uma nova análise do caso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu que a papelada foi entregue na véspera do último dia e só não entrou no ar por uma falha do sistema. A votação do pedetista foi contabilizada e Mineiro, então, perdeu a condição de eleito. A partir dali surgiu o impasse na Justiça.



MPF combate divulgação de fake news contra universidades


Ex-candidato a deputado estadual concedeu entrevista em Mossoró difamando e acusando alunos e gestores de instituições federais, sem qualquer prova.


O Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma ação civil pública (ACP) contra o ex-candidato a deputado estadual Daniel Sampaio por divulgação de notícias falsas - as chamadas fake news – envolvendo a Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa), localizada em Mossoró (RN), e as demais universidades federais. Em entrevista à TV, ele acusou falsamente essas instituições de não prestarem conta dos recursos recebidos, de promover o vício em drogas entre os alunos e ainda tratou com preconceito os estudantes que usam tatuagens.

O MPF alerta que essas informações falsas prejudicam a imagem não só das instituições, como de todos os profissionais por elas formados, e requer do réu o pagamento de indenização em danos morais coletivos no valor de R$ 500 mil. “A afirmação do réu é difamatória e preconceituosa e não corresponde à realidade dos professores e alunos”, enfatizam os procuradores da República Emanuel Ferreira e Fernando Rocha, autores da ACP, para quem a omissão diante desse tipo de comportamento estimularia novas manifestações de ódio e de intolerância, passando longe da legítima liberdade de expressão.

Transparência – Instituições como a Ufersa prestam contas anualmente dos recursos recebidos (às quais toda a sociedade tem acesso), além de serem auditadas por órgãos de controle como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). A acusação feita pelo réu, por sua vez, se baseou apenas no fato de ele ter tido negado (pela UFRN) recursos para promover um evento de psiquiatria, enquanto a universidade sediava outros eventos.

Somado a isso, na última edição da Pesquisa Nacional de Perfil dos Graduandos das Instituições Federais de Ensino Superior (de 2018), em nível nacional 89,2% dos alunos responderam que nunca usaram drogas ilícitas, dentro ou fora das instituições. Na Ufersa esse percentual foi de 95,3%. “Ao invés de promover um ambiente de estímulo ao uso de drogas, a Ufersa promove ações institucionais de prevenção e conscientização e combate, em especial ao comércio ilegal de substâncias”, registrou uma nota divulgada pela universidade.

Nessa nota, a Ufersa desmentiu também a acusação de que não admitiria a entrada da Polícia Militar em suas dependências. “As ações são integradas com as polícias Militar e Federal”, esclareceu, complementando: “A instituição oferece aos discentes assistência social, psicológica, nutricional e pedagógica, além de práticas de esportes, ensino de música, moradia e alimentação de qualidade e programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão”.

A Ufersa acrescentou, também, que “não é de conhecimento desta universidade e dos seus profissionais, bem como da literatura científica, a associação entre tatuagens e transtornos mentais, ou capacidades moral e intelectual do indivíduo”. Para o MPF, a crítica do ex-candidato a deputado atinge de forma “negativa e preconceituosa” todas aquelas pessoas tatuadas, pertencentes aos mais diversos grupos da sociedade.

Autoritarismo - As fake news foram divulgadas por Daniel Sampaio em 7 de maio de 2019, durante entrevista a um programa televisivo local sobre política. Na oportunidade, ele ainda considerou “esquisita” as manifestações culturais desenvolvidas na universidade e alegou que muitos alunos entram nessas instituições “sem nenhuma dependência química, sem nenhuma tatuagem e estão saindo cheios de tatuagens com dependências químicas”, resultando em doenças mentais graves. Atribuiu ainda às universidades o aumento dos casos de suicídio entre jovens.

A Ufersa lembrou que “os transtornos mentais e do comportamento têm origem e desenvolvimento multicausais, dada a influência dos fatores sociais, culturais, genéticos, neurobiológicos e psicológicos”, não sendo obviamente resultado de um único fator, muito menos da frequência a uma universidade federal.

Para o MPF, as declarações do ex-candidato mostram – além de preconceito e desconhecimento - uma visão autoritária de cultura que admite somente uma visão de mundo possível, a do próprio réu, a respeito de uma esfera de ensino público no qual devem vigorar o pluralismo de ideias, a vedação da censura e a proteção à liberdade de expressão.

Contexto - A atitude de Daniel Sampaio não foi isolada e integra um contexto de ataques coordenados à imagem das instituições federais de ensino. Tanto que a entrevista foi concedida somente uma semana depois que o então Ministro da Educação, Abraham Weintraub, ameaçava com o corte de verbas as universidades que, segundo ele, estariam fazendo “balbúrdia”.

“Ataques coordenados às universidades (…) servem para desvalorizar a educação: buscando-se legitimar um discurso autoritário em torno de uma única concepção de vida no espaço público”, cita o procurador da República Emanuel Ferreira. A ACP irá tramitá na Justiça Federal no RN sob o número 0801192-72.2020.4.05.8401.

Justiça Eleitoral institui cota de gênero nas atividades educacionais



Cursos, seminários, concursos e demais atividades institucionais e educacionais promovidas pela Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (EJE/TSE) contarão com, no mínimo, 30% de mulheres, nos papéis de palestrante, professora, entrevistada e avaliadora, entre outras funções de destaque.

A cota de gênero foi instituída pela Portaria TSE número 665 de 2020. A norma estabelece a busca, pela paridade de gênero, entre os participantes das ações e eventos, promovidos pela instituição.

No caso de eventos que tenham apenas um participante, a Escola priorizará a alternância de gêneros, de modo a garantir igualdade de oportunidades a especialistas em Direito Eleitoral dos dois gêneros.

Além disso, a EJE passa a estimular a realização de atividades nas Escolas Judiciárias dos Tribunais Regionais Eleitorais, buscando conscientizar sobre a importância da valorização da igualdade de gênero, além de promover debates sobre a necessidade da participação institucional feminina na Justiça Eleitoral.