A sessão solene em homenagem ao Dia do Evangélico, realizada recentemente, foi palco não apenas de louvor e celebração, mas também de um reencontro carregado de significado espiritual e emoção. De um lado, o vereador e presidente da Câmara Municipal, Jean Carllo Dantas; do outro, o cantor currais-novense Adriano Santos, conhecido como Negão Adorador. Unidos novamente, não apenas pelo evento, mas por uma história que começou há mais de duas décadas.
Presente
na solenidade, Adriano Santos conduziu momentos de louvor que tocaram
profundamente o público. Em meio à apresentação, ele fez questão de relembrar e
compartilhar um testemunho que marcou sua trajetória de fé, destacando Jean
Carllo como seu verdadeiro “pai na fé”.
O cantor
recordou que tudo teve início em 18 de julho de 1998, quando Jean
Carllo, acompanhado de Geraldo Carneiro e Carlinhos da Academia,
foi até sua casa para anunciar a Palavra de Deus. Naquele período, Adriano
havia acabado de retornar de Natal e vinha de uma denominação neopentecostal.
Jean Carllo, por sua vez, era seu vizinho e também novo convertido, mas
já demonstrava um zelo intenso pela evangelização.
“Ele insistiu com o convite por dois a três meses para eu ir à igreja”, relembra Adriano, em tom
bem-humorado. Mesmo resistindo aos convites constantes, algo na insistência, no
carinho e, principalmente, na forma como Jean Carllo falava do amor de Deus
começou a tocar seu coração. O testemunho de Mattos Nascimento, cantor
que Adriano admirava profundamente, também foi decisivo nesse processo de
edificação espiritual.
Após
cerca de dois meses de insistência, Adriano finalmente aceitou o convite e foi
à Igreja Assembleia de Madureira. Aquele dia se tornaria um divisor de
águas em sua vida. “Foi o dia em que Deus me pegou de jeito”, afirma. A Palavra
ministrada e o louvor — especialmente a canção “Eu agora sou de Deus”,
de Mattos Nascimento — provocaram uma experiência espiritual intensa, descrita
por ele como uma alegria vinda do céu.
A partir
daquele momento, a caminhada na fé ganhou novos contornos. Jean Carllo passou a
buscá-lo todos os domingos em seu Fiat Uno pretinho, levando-o fielmente
à igreja durante um ano inteiro. Um gesto simples, mas carregado de amor,
compromisso e discipulado — marcas que consolidaram a relação espiritual entre
os dois.
“Por tudo
isso, eu o intitulo como meu pai da fé”, declarou Adriano, emocionado.
O
reencontro durante a sessão solene simbolizou muito mais do que uma lembrança
do passado. Representou a confirmação de que sementes plantadas com amor,
perseverança e fé florescem no tempo certo. Uma história que segue inspirando
vidas e reafirmando o poder transformador do Evangelho.
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