Atraso de envio de dados pelos estados prejudica atualização do Renaest

Registro Nacional de Estatística e Sinistros de Trânsito é fundamental na elaboração de políticas públicas mais eficientes para reduzir o número de acidentes de trânsito

Nesta quarta-feira (19), a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) divulgou o ranking dos estados que mais atualizam o Registro Nacional de Estatística e Sinistros de Trânsito (Renaest). Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraíba lideram a lista, enquanto Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte ficam em último lugar. O secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, destaca a importância da classificação como forma de cobrar os estados o envio das informações.

"É muito importante para a Senatran monitorar a qualidade dos dados. O Renaest é uma obrigação legal e é nosso papel cobrar dos estados. É por essa razão que produzimos esse ranking a cada trimestre, incentivando os estados a cumprirem suas responsabilidades", reforçou o secretário, que está no Marrocos participando, com o ministro Renan Filho, da 4ª Conferência Ministerial Global sobre Segurança Viária, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A atualização do Renaest é essencial para subsidiar a criação e o aprimoramento de políticas públicas de segurança viária. Para aperfeiçoar a precisão e a agilidade na coleta de dados, a Senatran começou a testar, em 2024, a versão digital do sistema.

“Com um sistema de gestão de dados e monitoramento mais eficiente, os gestores públicos podem identificar os principais pontos críticos de sinistros, avaliar a efetividade de políticas adotadas e tomar decisões mais assertivas”, apontou Adrualdo.

O ranking da Senatran é calculado mensalmente com base na frequência de envio de dados sobre acidentes pelos órgãos locais. Estados que mantêm o sistema atualizado recebem melhor pontuação. O prazo para repasse das ocorrências é de até três meses após o sinistro.

O Renaest é integrado ao Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), Renach (Registro Nacional de Condutores Habilitados) e Renainf (Registro Nacional de Infrações).