O governo federal informou no dia
2 de maio que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação
animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos
Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última
campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da
Federação e em parte do Amazonas.
Segundo ele, a medida abre
caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e
Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da
doença sem vacinação.
A próxima etapa consiste na
apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA),
que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.
Para conceder a declaração de
país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação
contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos
estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto
deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025,
durante assembleia geral da entidade.
Atualmente, no Brasil, somente os
estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes
do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre
de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, segundo o Ministério da
Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de
3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo
uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e
bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último
registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais
rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro
Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item
da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e
minério de ferro.
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