
O novo ministro das Comunicações,
o deputado Fábio Faria (PSD-RN), mudou de vida durante seus anos como
parlamentar. Ele se candidatou pela primeira vez em 2006, aos 29 anos. Declarou
à Justiça Eleitoral R$ 249,8 mil em bens.
Em 2018, quando foi eleito pela
última vez, havia acumulado R$ 6,4 milhões em bens. Na sua primeira candidatura,
Faria tinha uma Toyota Hilux de R$ 160 mil e cotas em três empresas: era dono
de uma academia, de uma empresa de eventos e tinha participação de uma
“Documentos e Delivery LTA”.
De 2006 para 2010, o padrão de
vida do deputado já havia mudado. Em 2010, declarou R$ 1,9 milhão em bens à
Justiça Eleitoral. Entre esses bens, um apartamento de R$ 1 milhão em Natal, R$
300 mil em cotas da “Firma North Beach” e um aumento do capital de sua
academia, de R$ 10 mil para R$ 70 mil.
Quatro anos depois, nova
multiplicação: declarou R$ 5 milhões em bens ao TSE. O apartamento havia
valorizado mais de 20% e ele disse ter comprado R$ 2,2 milhões em ações da
academia Bodytech – a academia, do empresário Alexandre Accioly,
é apontada pela Lava Jato como intermediária de pelo
menos R$ 20 milhões de propina da Andrade Gutierrez para o hoje deputado Aécio Neves
(PSDB-MG).
Já em 2018, o carro era uma
Mercedes GL-20 de R$ 270 mil, além de um Hyundai Azera de R$ 80 mil — e já não
tinha mais a academia original. Passou a ter R$ 4 milhões em ações da Bodytech.
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