Para conter onda de violência no Ceará, Força Nacional aumenta efetivo
Serão ampliados para 406 agentes
e um total de 96 viaturas
O Ministério da Justiça e
Segurança Pública anunciou, na noite de hoje (7), o envio de um efetivo extra
de agentes da Força Nacional de Segurança para o Ceará. O estado vive há cinco
dias uma onda de violência, protagonizada por integrantes de facções
criminosas, que resultou em mais de 150 ataques a prédios públicos,
estabelecimentos comerciais, veículos e equipamentos de segurança. As
ocorrências foram notificadas em cerca de 37 municípios, incluindo a capital.
Desde sábado (5), 330 homens da Força Nacional patrulham as ruas da região
metropolitana de Fortaleza. Agora, o contingente será elevado para 406 agentes,
bem como um total de 96 viaturas.
Além disso, o governo da Bahia
enviou, no fim de semana, um efetivo de 100 policiais militares do estado para
o Ceará para ajudar na crise. Mais três estados também enviarão agentes para
reforçar a segurança no território cearense. Segundo a Secretaria de Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, são 43 policiais militares e agentes
de inteligência do Piauí, Pernambuco e Santa Catarina.
No balanço divulgado no início da
tarde, o governo estadual confirmou a prisão de 148 pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques.
Desse número, 38 foram presos e apreendidos entre a noite de domingo (6) e a
manhã de hoje (7). Em meio à crise de violência urbana, um grupo de 23 detentos fugiu hoje de manhã da Cadeia
Pública de Pacoti, cidade a 122 km de Fortaleza. Nenhum detento havia sido
recapturado até o início da noite.
Transporte e lixo
O clima em Fortaleza e região
metropolitana é de uma certa apreensão e de grandes dificuldades para
população, especialmente no transporte público. Os ônibus da capital circularam
com escolta policial composta por mais de 200 policiais, mas a frota
disponibilizada nesta segunda-feira foi 30% menor do que o normal, o que
prejudicou a chegada ao trabalho para milhares de pessoas.
Além disso, a cidade sofre com
problemas na coleta de lixo, que se acumula nas ruas e principais avenidas da
capital. Com a série de ataques, as empresas que atuam na limpeza também
reduziram a circulação de caminhões que recolhem os resíduos na cidade.
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