Vítima de
falência múltipla dos órgãos, faleceu às 13:30hs desta sexta-feira 14/12,
aos 99 anos de idade,no Hospital Municipal Garibaldi Alves Filho, Maria
Inácia da Conceição. Conhecida por "Dona Adelaide",a
agricultora aposentada estava com 99 anos de idade.
Segundo
informações de familiares, havia 15 adias, que a idosa sofreu um AVC (Acidente
Vascular Cerebral), quando visitava familiares em Mossoró/RN. Foi
internada e, após alguns dias, foi liberado e voltou para Lagoa Nova/RN,
onde recebia os cuidados e o carinho de sua numerosa prole. No entanto, na
manhã de hoje, passou mal e foi levada ao hospital publico local, onde veio a
óbito.
"Dona
Adelaide", nasceu em 15 de maio de 1919, foi a terceira esposa
do pioneiro Manoel Luís de Maria,com quem casou muito jovem, com diferença de
idade enorme, ela tinha idade para ser filha dele, no entanto, isso nunca gerou
desarmonia no lar, com ele ainda tive sete filhos e viveu ao seu lado até a
morte. Embora não seja membro da família mais atinga da cidade, Manoel
Luís, de saudosa memória, é um dos pioneiros do município serrano, é nome de
escola e de rua.
Ainda na distante década de 30, do século passado, migrou de
barra da Areia, sertão de Currais Novos/RN com a família para o
lugarejo de Lagoa Nova, aqui fincou raiz, era agricultor, foi sacristão da
capela de São Francisco e costumava acolher padres em sua residencia. Com os
filhos, se integrou aos habitantes mais velhos e ajudou no desenvolvimento da
novo lugar.
Do primeiro casamento, ficou viúvo na mocidade, casou a
segunda vez e foi também pai de onze filhos, entre os quais o prefeito
João Luís, que governou o município em dois
mandatos(1964-1969);(1973-1977).
Apesar de
ter vivido próximo ao poder, "Dona Adelaida", sempre teve uma vida
simples de camponesa e dona de casa, no Sítio Filgueira, próximo ao parque de
vaquejada Chagas Mendes. Era uma mulher de fé, nunca desapegou de seu rosário
de contas, santaria de sua devoção na parede da casa e, anualmente, mandava
erguer um mastro para São João. Era uma senhora tranquila, de voz mansa que
pitava seu cachimbinho, com olhar miúdo, por trás da leve fumacinha das
tradicionais baforadas.
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