sábado, 15 de dezembro de 2018

Aos 99 anos, falece Adelaeide , viúva do pioneiro Manuel Luís de Maria


 Por Eliabe Alves - Repórter
Vítima de falência múltipla dos órgãos, faleceu  às 13:30hs desta sexta-feira 14/12, aos 99 anos de idade,no Hospital Municipal Garibaldi Alves Filho,  Maria Inácia da Conceição.  Conhecida por "Dona Adelaide",a agricultora aposentada  estava com 99 anos de idade.
Segundo informações de familiares, havia 15 adias, que a idosa sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), quando visitava familiares em Mossoró/RN. Foi internada e, após alguns dias,  foi liberado e voltou para Lagoa Nova/RN, onde recebia os cuidados e o carinho de sua numerosa prole. No entanto, na manhã de hoje, passou mal e foi levada ao hospital publico local, onde veio a óbito.

"Dona Adelaide", nasceu em 15 de maio de 1919, foi a terceira esposa do pioneiro Manoel Luís de Maria,com quem casou muito jovem, com diferença de idade enorme, ela tinha idade para ser filha dele, no entanto, isso nunca gerou desarmonia no lar, com ele ainda tive sete filhos e viveu ao seu lado até a morte. Embora não seja membro da família mais atinga da cidade,  Manoel Luís, de saudosa memória, é um dos pioneiros do município serrano, é nome de escola e de rua. 
Ainda na distante década de 30, do século passado, migrou de barra da Areia,  sertão de Currais Novos/RN com  a família para o lugarejo de Lagoa Nova, aqui fincou raiz, era agricultor, foi sacristão da capela de São Francisco e costumava acolher padres em sua residencia. Com os filhos, se integrou aos habitantes mais velhos e ajudou no desenvolvimento da novo lugar. 
Do primeiro casamento, ficou viúvo na mocidade,  casou a segunda vez e foi também pai de  onze filhos, entre os quais o prefeito João Luís, que governou o município em dois mandatos(1964-1969);(1973-1977). 
Apesar de ter vivido próximo ao poder, "Dona Adelaida", sempre teve uma vida simples de camponesa e dona de casa, no Sítio Filgueira, próximo ao parque de vaquejada Chagas Mendes. Era uma mulher de fé, nunca desapegou de seu rosário de contas, santaria de sua devoção na parede da casa e, anualmente, mandava erguer um mastro para São João. Era uma senhora tranquila, de voz mansa que pitava seu cachimbinho, com olhar miúdo, por trás da leve fumacinha das tradicionais baforadas. 

Fonte: 

O Jornal Da Serra



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