Anúncio da liberação de emendas parlamentares veio após a nova denúncia ser encaminhada à Câmara.
Depois de ganhar carta branca do Congresso para
aumentar o rombo nas contas públicas, Michel Temer não economizou e vai
liberar R$ 1,016 bilhão em emendas parlamentares. Coincidentemente, o
anúncio acontece após a segunda denúncia da PGR contra ele, por
organização criminosa e obstrução à Justiça, ser encaminhada à Câmara
dos Deputados.
Segundo reportagem d’O Globo, a maior parte desse
dinheiro será destinada às emendas individuais de deputados. O argumento
usado pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, é o de que a
equipe econômica de Temer não teria opção de não fazer a liberação,
porque esta seria uma norma da Constituição.
Oliveira usou as mesmas desculpas de alguns deputados
que receberam o mesmo tipo de recurso na votação que barrou a primeira
denúncia contra o presidente. Disse que essas verbas são importantes
para obras de infraestrutura em cidades pequenas.
Fugiu de polêmicas ao ser questionado sobre a
proposta dos congressistas de usarem parte das emendas parlamentares
para financiarem as eleições do ano que vem. O ministro afirmou que
considera a proposta uma solução neutra do ponto de vista estritamente
fiscal.
Por outro lado, falou que os deputados devem ter
cuidado ao analisar a proposta. “Esses recursos de emendas são
importantes para as cidades menores. São esses recursos que chegam para a
infraestrutura. Tem de ter uma avaliação cautelosa”.
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