quarta-feira, 22 de abril de 2015

Bonner explica polêmica histórica do JN na ditadura

O segundo capítulo da retrospectiva dos 50 anos do jornalismo da Globo, apresentado no último bloco do Jornal Nacional de terça-feira (21), rememorou um dos momentos mais polêmicos da emissora.
No dia 25 de janeiro de 1984, o JN exibiu uma matéria feita pelo repórter Ernesto Paglia no histórico comício na Praça da Sé, que reuniu milhares de pessoas no movimento Diretas Já, pela retomada da eleição direta para presidente da República.
Porém a introdução da reportagem, lida pelo então apresentador do telejornal, Marcos Hummel, citou apenas as festividades pela comemoração dos 430 anos de São Paulo, omitindo a motivação política da manifestação gigantesca no centro da cidade.
“Isso aí foi visto durante muitos anos como uma tentativa da Globo de esconder as Diretas. Obviamente depois de muitos anos foi reconhecido como um erro”, explicou William Bonner, líder do grupo de 17 jornalistas que relembram os principais fatos cobertos pelo canal em cinco décadas.

Desculpe a nossa falha
Foi a segunda vez em menos de dois anos que a Globo faz uma espécie de mea culpa pela postura da emissora durante o regime militar, que ocupou a presidência do país por 21 anos.
Em editorial de agosto de 2013, publicado no jornal O Globo e lido horas depois no Jornal Nacional, as Organizações Globo (que hoje atendem pelo nome de Grupo Globo), classificaram o apoio da empresa ao golpe de 1964 como um “equívoco”.
O reconhecimento do erro aconteceu logo depois dos protestos de junho daquele ano, quando equipes de reportagem da Globo foram alvo de xingamentos e ameaças em algumas cidades do país, sob gritos de “a verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”.
O segundo capítulo da retrospectiva dos 50 anos do jornalismo da Globo, apresentado no último bloco do Jornal Nacional de terça-feira (21), rememorou um dos momentos mais polêmicos da emissora.
No dia 25 de janeiro de 1984, o JN exibiu uma matéria feita pelo repórter Ernesto Paglia no histórico comício na Praça da Sé, que reuniu milhares de pessoas no movimento Diretas Já, pela retomada da eleição direta para presidente da República.
Porém a introdução da reportagem, lida pelo então apresentador do telejornal, Marcos Hummel, citou apenas as festividades pela comemoração dos 430 anos de São Paulo, omitindo a motivação política da manifestação gigantesca no centro da cidade.
“Isso aí foi visto durante muitos anos como uma tentativa da Globo de esconder as Diretas. Obviamente depois de muitos anos foi reconhecido como um erro”, explicou William Bonner, líder do grupo de 17 jornalistas que relembram os principais fatos cobertos pelo canal em cinco décadas.

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