Projeto da Associação Brasileira da Indústria do Café – Abic indica que o
consumo moderado e regular de café ajuda na concentração e memória de crianças
em idade escolar
O café, puro ou com leite, é
tradição nas manhãs do brasileiro. Benéfica à saúde das crianças, a bebida pode
ser consumida, tanto em casa quanto na escola.
O projeto “Café na Merenda, Saúde
na Escola”, coordenado pela Associação Brasileira de Indústrias de Café – Abic, uma das instituições
privadas integrantes do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa,
buscou se valer de resultados de pesquisas para comprovar os benefícios da
inclusão do café no lanche de crianças em Minas Gerais.
A Abic, juntamente com a Embrapa,
a Associação Brasileira da Indústria de café Solúvel – Abics,
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé,
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Conselho Nacional do Café – CNC
e Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, faz parte do Comitê
Diretor de Pesquisa, órgão técnico consultivo do CDPC. Também é instituição
parceira do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado
pela Embrapa Café. No âmbito do Consórcio possui ações e amplo programa de
projetos desenvolvidos em conjunto com instituições de ensino e pesquisa para
organizar, coordenar e unificar os importantes estudos e trabalhos de pesquisa
realizados pela comunidade médico científica com o objetivo de analisar os
benefícios do café para a saúde humana.
Em busca de mais informações sobre
os resultados do projeto “Café na Merenda, Saúde na Escola”, a Embrapa Café
entrevistou a nutricionista da Abic Christianne da Rocha Monteiro, coordenadora
da ação e assessora de projetos especiais da entidade. Formada pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em café, ela trabalhou na
ABIC no período de 1997 – 2000 e retornou em 2007 à entidade, onde atua na área
de comunicação e marketing. Confira entrevista:
Embrapa Café: Qual foi
a principal motivação do projeto Café na Merenda?
Christianne Monteiro: Os
principais objetivos do projeto são divulgar os benefícios à atividade
intelectual, ao aprendizado escolar e prevenção de doenças; desenvolver hábitos
de alimentação saudável, estimulando consumo diário do café com leite entre
estudantes; avaliar a satisfação e a melhora no aprendizado escolar das
crianças participantes do projeto.
EC: Consumir
café com leite regularmente melhorou quais aspectos do processo de aprendizagem
das crianças? Quais principais resultados obtidos?
CM: Uma
pesquisa feita pela Abic em 2009 para avaliar o grau de satisfação e a melhora
do rendimento escolar dos alunos do Ensino Fundamental mostra que a criançada
está aprovando o programa. Foram 1.256 questionários respondidos por alunos das
escolas que têrm projetos implantados pelas empresas Icatril, em Uberlândia
(MG), Canecão, em Campinas (SP), e pela Mitsui, em Araçariguama (SP) e em
Cuiabá (MT). Os questionários foram enviados para as escolas e os alunos contaram
com o auxílio dos professores para responder. O resultado, analisado e
divulgado em maio pela ABIC, mostra que 80% das crianças bebem café com leite,
independente do local. Por faixa etária, as crianças entre 9 e 10 anos são as
que mais consomem café com leite (34%). Perguntados em qual local mais consomem
café, 15% disseram ser em casa; 37%, na escola, e 48%, nos dois locais. Do
total, 50% disseram tomar café com leite uma vez por dia e 27%, duas vezes.
Depois que tomam café com leite, 49% afirmam ficar ótimas; 37%, muito bem, e
10%, bem. A pesquisa também perguntou que nota os alunos dariam para o aroma do
café: 45% responderam Excelente; 26%, Muito Bom; 23%, Bom; 5%, Regular e 1%,
Ruim. Depois que passaram a tomar café com leite regularmente, 67% disseram ter
melhorado a atenção nos estudos e 63% disseram que conseguiram melhores notas.
A pesquisa também demonstrou uma
melhora significativa no aprendizado escolar. Uma prova disso foi o resultado
apresentado pela escola Municipal Jorge Amado de Araçariguama – SP, que foi a
escola “adotada” em 2008 pela empresa Mitsui Alimentos. Na época, o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB da escola era de 3.5. A meta
projetada pelo Ministério da Educação - MEC e pela Secretaria Municipal de
Educação para o ano de 2009 era de 3.7. No entanto, graças às melhorias no
quadro de ensino e ao projeto Café na Merenda, a escola superou as expectativas
e atingiu a nota de 5.4, enquanto as demais escolas da região alcançaram a
média de 4.7.
EC: Quais as
principais parcerias e o que tem motivado esses acordos realizados no âmbito do
projeto Café na Merenda?
CM: O
Programa é composto por uma série de ações institucionais, promovidas e
conduzidas pela ABIC. As indústrias de torrefação, responsáveis pela
implantação do projeto na escola, desenvolvem as ações e absorvem os custos do
projeto. As escolas participantes não têm custos e participam com o apoio dos
diretores, professores e funcionários, além de disponibilizar um espaço
adequado para o serviço de café. Em alguns municípios o projeto tem apoio das
Prefeituras e secretarias de educação.
EC: Que
substâncias presentes no café seriam responsáveis pelo estímulo cognitivo
cerebral e capacidade intelectual, além de melhor atenção, capacidade de
memória e concentração?
CM: Há um
volume considerável de literatura a respeito dos efeitos da cafeína sobre o
desempenho. Ela estimula o sistema nervoso central, antagoniza os efeitos da
adenosina, substância química do cérebro (neurotransmissor) causadora do sono e
de alteração na microcirculação, melhorando o fluxo sanguíneo. Em pequenas
doses, ela diminui a fadiga, a sonolência e a apatia, comuns entre crianças e
jovens que acordam muito cedo para ir à escola. Uma dose de café com leite pela
manhã é suficiente para deixar o aluno mais disposto a receber e assimilar os
ensinamentos passados pelo professor na sala de aula.
A comunidade científica já
considera o café um alimento nutracêutico (nutricional e farmacêutico). O
produto não é formado apenas por cafeína como é mais divulgado, mas de muitos
outros componentes tão ou mais importantes – sais minerais (3 a 5%), açúcares
(35 a 55%), lipídios (10 a 20%), aminoácidos (2%) e niacina ou Vitamina PP
(0,5%) – e farmacêuticas – 1 a 2,5% de cafeína e 7 a 9% de ácidos clorogênicos.
Do ponto de vista alimentício, todos esses componentes fazem do café uma bebida
saudável e rica em propriedades nutricionais.
A bebida café é um produto de
complexa composição química, principalmente após sua torrefação, onde compostos
originais do grão são degradados e novos compostos são formados garantindo a
presença de substâncias nutritivas, bioativas e características de sabor e
aroma.
EC: Qual a
idade média das crianças e quais as características dos cafés que foram usados
durante o projeto?
CM: O
projeto Café na Merenda Saúde na Escola foi aplicado para alunos do ensino
fundamental com idade entre 5 a 15 anos e os cafés utilizados são de categoria
superior, com torra médio, visando garantir um padrão de produto de melhor
qualidade e preservar as propriedades benéficas da bebida.
EC: Como
crianças e pais recepcionaram a iniciativa da pesquisa?
CM: Tanto as
crianças quanto os pais aceitaram muito bem o projeto e a pesquisa. É
importante ressaltar que todas as atividades propostas pelo projeto são
apresentadas antes para os professores, pais e alunos. Vale ressaltar que os
alunos não são obrigados a participar.
Durante o período do projeto na
escola, outras atividades foram propostas para estimular e fortalecer o
envolvimento de todos no projeto. Foi realizado concurso de redação, palestras
educacionais, pesquisas escolares com o tema café, feiras e exposições
realizados pelos alunos, aumentando a curiosidade por essa extraordinária
bebida e disseminando a importância sócio econômica e cultural do café.
EC: Quais
têm sido os desdobramentos do projeto, inclusive em termos de parcerias, e as
perspectivas futuras?
CM: O
programa teve inicio em 2007, mas com evolução lenta, pois exige que a
indústria de torrefação assuma todos os custos do projeto que tem duração
mínima de 2 anos.
Até o momento mais de 5.000
crianças foram beneficiadas com o projeto, que atingiu seis unidades
federativas nas seguintes cidades: Uberlândia-MG; Juiz de Fora-MG; Cuiabá-MT;
Campinas-SP; Araçariguama-SP; Bom Jesus-RS; Guaíba-RS e Eusébio-CE.
A perspectiva é que ocorra uma
revisão do projeto, visando apoio financeiro de outros participes
principalmente o governo estadual e municipal.
EC: O Estado de Minas Gerais já teve esse mesmo projeto aprovado pela sua Casa Legislativa e sancionada pelo governador do estado, uma iniciativa que inspirou Edson Pimenta. Como se chegou a essa realidade?
CM: O PhD em
medicina pela Universidade de Londres, Prof. Dr. Darcy Roberto Lima, foi um dos
maiores disseminadores dos benefícios da bebida natural e saudável que é o
café. Desmistificando o preconceito e comprovando seus benefícios à saúde, e
somado a isso, a melhora na concentração, na memória e consequentemente no
aprendizado escolar.
A educação alimentar começa na
infância, por isso acredita-se que a introdução do café com leite na merenda
escolar seja ferramenta eficiente para resgatar os costumes saudáveis de
consumo do café e fortalecer o mercado da bebida. Esses estudos científicos
foram um dos motivos que fizeram o Estado de Minas Gerais, assim como a Bahia,
a incluir o café na merenda escolar, agregando ainda o estímulo à cafeicultura
brasileira, que é uma das maiores e importante cadeias produtivas para a
economia do País.
EC: De que
forma o consumo de café nas escolas pode refletir no consumo do produto?
CM: Ao longo
dos seus 40 anos de atividade, a ABIC, representando a indústria de café no
Brasil, vêm inovando com ações visando à melhoria do padrão de qualidade do
café, a educação para o consumo e seu aumento. O projeto Café na Merenda é mais
uma ação que busca melhorar a qualidade do café e formar novos consumidores
para a bebida. Precisamos estar junto aos jovens e oferecer produtos novos e
com qualidade.
EC: No
consumo de café por crianças, de acordo com os especialistas, duas variáveis
devem ser levadas em consideração: a quantidade ingerida e a idade da criança.
A partir de que idade a criança pode tomar café, de que forma e qual é a
quantidade sugerida? Há recomendação quanto ao horário do dia?
CM: A
ingestão diária de café por crianças deve respeitar o limite de moderação
estabelecido por médicos especialistas de acordo com a faixa etária. A dose
sugerida para crianças entre 6 e 10 anos de idade é de três a quatro xícaras
por dia com um volume de 50ml por xícara, podendo ser ingerido puro ou com
leite. Quanto ao horário a recomendação é que seja no período da manhã e início
da tarde, evitando o período da noite.
EC: Muitos
pais têm dúvida se devem dar café a seus filhos. No entanto, o consumo de
refrigerantes, sucos artificiais, comidas rápidas - como sanduíches, pizzas,
produtos enlatados, biscoitos, salgados – e ainda doces em geral se tornou
consumo corriqueiro em nossa sociedade, inclusive em lanches de crianças.
Existem já campanhas sendo pensadas para conscientizar a população em geral de
que o café é um alimento que faz bem à saúde, se consumido em doses
recomendadas?
CM: A
substituição do antigo e saudável hábito de consumir café com leite em casa, na
merenda escolar e no lanche da tarde por refrigerantes e comidas rápidas
(hambúrgueres, pizzas, etc) além de biscoitos, balas, goma de mascar e
derivados artificiais do amido explica a epidemia de obesidade infantil nos
países industrializados.
Na atualidade mais de um terço das
crianças e jovens nas sociedades modernas apresentam obesidade, favorecendo o
aparecimento de diabetes, levando a uma baixa autoestima e, consequentemente, à
depressão. Ademais, predispõe a problemas cardiovasculares futuros.
Sempre foi uma preocupação da ABIC
a questão da educação do consumidor e a qualidade. Quanto mais informado sobre
os vários tipos de café, sobre ponto de torra, moagem, forma de preparo e
benefícios para a saúde e sobre a qualidade do produto adquirido, mais
credibilidade no produto tem o consumidor. Assim, a ABIC sensibiliza seus
associados e indústrias de torrefação de café no Brasil a trabalharem
divulgando em suas regiões todos os trabalhos que realizamos.
EC: Em
crianças, a depressão às vezes se manifesta por meio de sintomas asmáticos,
extrema irritabilidade, mau humor, falta de atenção, agressividade, problemas
da pele, obesidade, diarréias ou náuseas. É verdade que crianças que tomam café
apresentam melhora em quadros depressivos?
CM: De acordo
com pesquisas realizadas pelo Dr. Darcy Lima, os resultados mostram que o
consumo diário, moderado e regular de café na dose de até 4 xícaras diárias -
com ou sem leite - é capaz de produzir benefícios no estado emocional dos
jovens, prevenindo e ou diminuindo a obesidade infanto-juvenil, a depressão e o
consumo de álcool.
EC: Estudos
apontam que o café consumido desde a infância ajuda na prevenção de diabetes na
vida adulta, além de Parkinson, Alzheimer e diversos tipos de câncer (fígado,
pele, mama, coloretal). O que poderia acrescentar de informações mais recentes
sobre essas pesquisas? Que outras doenças podem ser prevenidas com o consumo de
café, inclusive desde a infância?
CM: A
ciência tem se encarregado de trazer novos conhecimentos sobre os seus
benefícios do café para a saúde humana. Recente pesquisa da National Institute
of Health, que entrevistou mais de 400 mil pessoas, constatou que quem tomava
mais café tinha maior tempo de vida. A longevidade indicada no estudo não é
provocada por nenhum composto específico do café, mas sim pelo hábito de tomar
café regularmente e moderadamente, que acarreta na prevenção de doenças que
podem levar ao óbito.
Vários estudos relatam que o
consumo regular e moderado de café previne doenças cardiovasculares, diabetes
Tipo II e também, pelo elevado teor de antioxidantes que o café possui, combate
os radicais livres que causam o envelhecimento do nosso organismo. Assim,
segundo a pesquisa, a população que toma café tem menos propensão a doenças que
podem causar morte, o que aumenta a longevidade.
Segundo o cardiologista Luiz
Antonio Machado Cesar, diretor da Unidade Clínica de Coronariopatia Crônica do
Instituto do Coração, de São Paulo, ligado à USP, beber café é melhor do que
não beber. O médico também acredita que o café não faz mal e, se consumido a
partir de duas xícaras por dia, já protege contra o diabetes.
Costuma-se pensar nas propriedades
do café com base na cafeína. Mas os novos estudos sugerem que seus méritos
estão no conjunto da obra. A bebida tem literalmente milhares de substâncias,
de antioxidantes a vitaminas, e apenas umas poucas foram estudadas
isoladamente.
A Universidade Holandesa, bastante
renomada, (Julius Centre for Health Sciences and Primary Care, University
Medical Centre Utrecht), também publicou um estudo sobre os benefícios do café.
Foram acompanhadas e analisadas, sob o ponto de vista alimentar, mais de 40 mil
pessoas durante 10 anos. O estudo não foi apenas para avaliar a questão do
café, mas sim a relação da nutrição com diversas outras doenças, como o câncer
e o diabetes. Eles concluíram que pessoas que bebiam três ou mais xícaras de
café ou chá por dia tinham cerca de 40% menos chance de desenvolver diabetes
tipo 2 ao longo da vida.
Não é a toa que o café é a bebida
mais consumida depois da água e que, segundo o Instituto Brasileira de
Geografia e Estatística – IBGE, 79% dos brasileiros consomem café. São
consumidos 78,5 litros/ano por pessoa. A média de consumo diário é de 4 a 5
xícaras.
EC: Para o
adulto, os benefícios do consumo de café seriam os mesmos que para crianças? Em
que caso o consumo de café por crianças e adultos é contra-indicado ou deve ser
feito com restrição?
CM: O hábito
saudável da ingestão diária da bebida vai, ao longo do tempo, favorecer que
crianças e adultos tenham menor risco de desenvolver algumas doenças. O
café não é um remédio mas pelo grande potencial antioxidativo, possui
fator protetor e benéfico à saúde.
O café é uma bebida estimulante, e
pessoas que apresentam problemas de insônia devem consumir até o inicio da
tarde e evitar seu consumo no período da noite. Outra dica seria a opção do
consumo do café descafeinado.
O segredo é não exagerar na
quantidade. Cada pessoa deve buscar qual dose diária de café que a satisfaz.
Lembre-se que o café é uma bebida diurna, que ajuda nas atividades do dia, mas
seu consumo deve ser reduzido no período da noite, para não afastar o sono.
O café não é a causa de problemas
gastrointestinais, mas quem tem propensão a irritações gastrointestinais deve
tomar o café logo após as refeições, pois com o estômago vazio, a ação dos
ácidos é maior. Quem tem gastrite deve suspender o consumo de bebidas com
cafeína nas crises agudas.
EC: O
Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, está retomando os
estudos na área de Café e Saúde com apoio de instituições de pesquisa e da
Abic. Como começou esse processo e quais as expectativas?
CM: Em
outubro de 2012, a Embrapa Café, com o apoio da ABIC, realizou workshop “Café e
Saúde”, na sede do Sindicafé-SP. O evento deu início a um amplo programa que
vai organizar, coordenar e unificar os importantes estudos e trabalhos de
pesquisa realizados pela comunidade médico científica, no sentido de analisar
os benefícios do café para a saúde humana. Com esse workshop, a Embrapa Café,
com o apoio da ABIC e dos pesquisadores e médicos convidados, de fato retoma um
programa realizado há alguns anos e que resultou, por meio da produção de
informativos como as Cartas Médicas, na sensibilização dos profissionais da
saúde de áreas diversas sobre a importância e os benefícios do consumo diário e
moderado de café por pessoas de todas as idades.
Mais sobre o Café na Merenda – O
projeto visa proporcionar a todas as crianças do Brasil e do mundo uma
alimentação saudável e natural, além de ajudar a melhorar o aprendizado e
prevenir doenças na infância e na vida adulta. Foi criado pela Abic em 2007
para desenvolver hábitos de alimentação saudável, resgatar o hábito do consumo de
café com leite ao divulgar os benefícios do café à atividade intelectual, ao
aprendizado escolar e prevenção de doenças, contribuindo para a formação de
futuros consumidores da bebida. O Projeto Café na Merenda motivou a realização
de pesquisas científicas para investigar a aprendizagem formal e as
competências cognitivas e linguísticas correlacionadas ao uso do café em
crianças com deficiência visual, surdez, deficiência intelectual e crianças
abrigadas, vítimas de privação e violência em parceria com a ABRAPA.
Avanços da cafeicultura no Brasil – Segundo
o Informe Estatístico do Café - Dcaf/Mapa - a área de produção e a
produtividade do café, em 1997, quando da criação do Consórcio Pesquisa Café,
era de 2,4 milhões de hectares de área cultivada, com produção de 18,9 milhões
de sacas de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 16 anos, em
2013, de acordo com o segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de
Abastecimento – Conab (maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada –
2,3 milhões de hectares - o País deverá produzir 48, 5 milhões de sacas, com
uma produtividade de 23,8 sacas/ha.
Consórcio Pesquisa Café – Criado
em 1997, congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas
principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a
interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos,
financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -
Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto
Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de
Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras -
Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
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