quinta-feira, 11 de junho de 2020

Bolsonaro ignora Saúde e recria Ministério das Comunicações

Reprodução da TV - Covas em Copacabana
O país há um mês não tem um ministro da Saúde. E isso ocorre em um momento crítico da pandemia do covid-19 que já deixou 700 mil infectados e 40 mil mortos - e o pico da doença ainda não chegou. Se alguém acha que isso preocupa o governo, estará completamente errado. Bolsonaro mantém o Ministério da Saúde acéfalo e recria um ministério que ele próprio extinguiu: o das Comunicações. Para o cargo ele nomeou o genro do seu bajulador mais atuante, Sílvio Santos, concessionário de um canal de TV, o SBT.
O país está perplexo. Hoje, em plena Praia de Copacabana, o maior cartão postal do país, manifestantes fizeram covas para simbolizar as dezenas de milhares de mortos vítimas da negligência governamental. Afinal, se a China, quando o vírus era desconhecido, conseguiu limitar a pouco mais de 4 mil o número de mortos, como o Brasil pode multiplicar por dez este contingente e sem dar sinais de que irá conseguir freá-lo?

Vale lembrar que Bolsonaro negligenciou por todo o tempo o enfrentamento da doença. Acusou a China de ter inventado o vírus, omitido informações, chamou a pandemia de "gripezinha" e tentou acabar com a quarentena desde o início do problema. Não por acaso o país hoje é visto com desconfiança pelo mundo civilizado e há quem defenda a denúncia e condenação de Bolsonaro pela Corte Internacional, em Haia, na Holanda.

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