O Laboratório de Referência em Dessalinização
(Labdes) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) desenvolveu uma
solução para contribuir com a segurança de vida de profissionais da saúde
envolvidos no combate ao coronavírus (COVID 19).
Considerado inovador, o
BioEsterilizador visa esterilizar ambientes e pessoas, criando um mecanismo de
proteção nos hospitais, clínicas e laboratórios.
A tecnologia utilizada parte do
princípio da mudança de fase da matéria, explica o pesquisador Kepler França,
coordenador do Labdes. “O calor é a fonte primária, ativando as moléculas de
uma solução aquosa para o estado gasoso, que, por conter componentes que
contribuem para a esterilização, atacam o vírus”.
“A literatura científica afirma
que o coronavírus possui uma camada protetora de lipídios. Daí, o calor da
vaporização da solução aquosa, associado às atividades dos seus potenciais
químicos, contribuirá para dissolver essa proteção e decompor o vírus”,
traduziu.
O vapor gerado pelo sistema a,
aproximadamente, 70°C - atenuado pela temperatura ambiente - não põe em risco a
saúde e nem o meio ambiente, quando a vaporização é realizada.
O pesquisador falou da
importância do sistema ser, inicialmente, utilizado nos ambientes hospitalares,
pois os profissionais de saúde representam, em diversos países, quase 12% dos
contaminados. "E são eles que estão na linha de frente do combate",
pontuou.
“A proposta é que todas as
pessoas – e, também, as ambulâncias – passem pelo BioEsterilizador ao entrar e
sair das unidades hospitalares. Assim, digamos, combatendo nessa porta de
contágio, reduziremos, imensamente, a propagação do vírus”, disse.
Kepler França também ponderou a
utilização do sistema em grandes áreas de circulação, a exemplo de
supermercados, e em agrupamentos de atividades públicas (corporações militares
e civis) tornando-se um equipamento de proteção essencial.
Experimentação e Implantação
O custo de implantação, a
operacionalização e a manutenção do sistema é relativamente baixo e se
justifica pelos enormes benefícios apresentados, especialmente, a proteção ao
meio ambiente. E poderá ser modelado para utilização em outros equipamentos
médicos e hospitalares.
“Diante da emergência da
situação, provocada pela pandemia, o projeto requer o apoio financeiro das
instituições de fomento e investimento para que possamos desenvolvê-lo em curto
prazo. Pensamos num sistema robusto - com monitoramento, banco de dados e
operacionalizado nacionalmente”, ressaltou, Kepler França.
O Labdes vem mantendo contato com
um dos hospitais público de Campina Grande para um experimento amplo do
BioEsterilizador.
(Ascom UFCG)
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