Produtores e agricultores devem
redobrar cuidados de higiene
O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento enfatizou a importância de produtores e agricultores
familiares cujas mercadorias são vendidas em feiras livres, sacolões e lojas
varejistas redobrarem os cuidados de higiene a fim de evitar a contaminação
pelo novo coronavírus (covid-19).
Em parceria com o Ministério
da Saúde e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a
pasta elencou 19 recomendações para a manipulação dos alimentos. São medidas
que contemplam desde os cuidados com a higiene pessoal por parte dos
trabalhadores à limpeza dos ambientes, superfícies e veículos de
transporte, passando pela estrutura das feiras e orientações que os vendedores
podem repassar aos seus clientes.
Previstas em leis e normas, as
recomendações contribuem para a segurança e a manutenção dos serviços de
abastecimento à população.
Segundo o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os produtores e agricultores familiares
devem:
- limpar e higienizar
regularmente todos os veículos de transportes, bem como as superfícies dos
locais de acondicionamento de produtos, equipamentos e utensílios;
- manter pelo menos um metro de
distância entre as bancas; entre os funcionários e entre os empregados e
clientes. Para isso, poderão ser usadas faixas ou fitas para demarcar os
limites e ampliar a divisão dos turnos de trabalho a fim de evitar aglomeração
de pessoas;
- disponibilizar pias com água
corrente e sabonete, além de álcool 70% para uso de feirantes e consumidores;
- as bancas e barracas devem ser
instaladas em locais amplos, preferencialmente ao ar livre. O lixo deve ser
frequentemente coletado e estocado em local isolado da área de preparação e
armazenamento dos alimentos;
- caso opte por usar máscaras, o
comerciante deve substituí-las e higienizá-las sempre que elas estiverem úmidas
ou sujas. No caso das luvas, estas devem ser utilizadas apenas para a
manipulação do alimento;
- separar o local de pagamento de
maneira a manter o distanciamento entre quem estiver cobrando e quem estiver
pagando dos demais clientes e feirantes e encarregar uma ou mais pessoas de
receber o dinheiro dos consumidores;
- proibir qualquer tipo de
degustação ou consumo de produtos no local;
- manter as unhas curtas, bem
aparadas, sem esmaltes, e não usar adornos que possam acumular sujeiras e
micro-organismos, como anéis, aliança e relógio;
- não conversar, espirrar,
tossir, cantar ou assoviar em cima dos alimentos, superfícies ou utensílios. A
recomendação vale tanto para o momento do preparo dos
alimentos/mercadorias quanto para o de servir;
- quem prepara os alimentos deve
lavar as mãos com frequência e, principalmente, depois de: tossir, espirrar,
coçar ou assoar o nariz; coçar os olhos ou tocar na boca; preparar alimentos
crus, como carne, vegetais e frutas; manusear celular, dinheiro, lixo, chaves,
maçanetas, entre outros objetos; ir ao sanitário; retornar dos intervalos;
- pessoas com mais de
60 anos ou que possuam doenças crônicas como diabetes, hipertensão,
doenças cardiovasculares, insuficiência renal crônica ou doença respiratória
crônica devem se afastar das atividades, bem como os comerciantes que, mesmo
não fazendo parte do grupo de risco, têm contato direto com pessoas do chamado
grupo do risco;
- trabalhadores com sintomas como
tosse, febre, coriza, dor de garganta e falta de ar, independentemente de
pertencerem a algum grupo de risco, devem se afastar da atividade e permanecer
em casa, isolados, por 14 dias, e procurar o serviço de saúde caso o quadro se
agrave.
Além dessas medidas, o ministério
também recomenda aos feirantes que procurem organizar o fluxo de pessoas,
evitando aglomerações. E lembra que não há, segundo as principais autoridades
de saúde, até o momento, evidências de que o novo coronavírus possa ser
transmitido por meio de alimentos, embora pesquisas apontem que o vírus pode
persistir por horas ou até dias em algumas superfícies, dependendo da
temperatura e da umidade do ambiente.
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