Um avião ucraniano com mais de
170 pessoas a bordo caiu na manhã desta quarta-feira no Irã. A queda do
Boeing-737 teria ocorrido logo após a decolagem, às 6h12 (horário local), do
aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã, conforme informou a Fars,
agência estatal de notícias. O voo PS752 da companhia Ukraine International
Airlines seguia da capital iraniana com destino a Kiev, na Ucrânia. E, de
acordo com a agência humanitária Crescente Vermelho, não há chance de encontrar
sobreviventes. "De acordo com as informações preliminares, o avião caiu
como resultado de uma falha no motor por razões técnicas. Neste momento, a
versão de um ataque terrorista está descartada", diz o texto publicado no
site do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia.
O presidente da Ucrânia,
Volodymyr Zelensky, que estava em viagem a Omã, anunciou que estava voltando
para Kiev. E alertou contra "especulações ou teorias sobre a
tragédia" até que os relatórios oficiais estivessem prontos.
"Minhas sinceras
condolências aos parentes e amigos de todos os passageiros e tripulantes",
acrescentou em comunicado.
De acordo com o primeiro-ministro
da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, havia 168 passageiros e nove tripulantes a bordo
do voo. Entre as vítimas, estão 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos,
incluindo toda a tripulação, 10 suecos, quatro afegãos, três britânicos e três
alemães, disse o ministro das Relações Exteriores, Vadym Prystaiko. Equipes de
resgate foram enviadas para o local do acidente, mas o chefe do Crescente
Vermelho no Irã afirmou à imprensa estatal que era "impossível"
alguém ter sobrevivido.
De acordo com Zelensky, a Ucrânia
organizou aviões especiais para voar até o Irã e repatriar os corpos das
vítimas, o que estava pendente apenas da aprovação do governo iraniano. A caixa
preta do avião já teria sido encontrada, segundo informou a emissora estatal iraniana
IRIB. Mais cedo, havia especulações de que o incidente poderia estar
relacionado ao conflito entre o Irã e os EUA. A tensão entre os dois países
escalou drasticamente na última sexta-feira, após a morte do general
iraniano Qasem Soleimani, em um ataque aéreo ordenado pelo presidente
americano, Donald Trump, em Bagdá. E levantou temores de um conflito direto
entre as duas potências. Em retaliação à morte do general, considerado um herói
nacional no país persa, o Irã disparou
mísseis na noite de terça-feira contra duas bases aéreas que abrigam tropas
americanas no Iraque.
BBC NEWS
Nenhum comentário :
Postar um comentário