Informações sobre o inquérito
foram divulgadas nesta terça-feira (26) pelos investigadores.
A Polícia Civil informou nesta
terça-feira (26) que a estudante
universitária Zaira Cruz, assassinada em Caicó, no Seridó potiguar, no carnaval,
foi vítima de feminicídio e dois estupros praticados pela mesma pessoa. O
suspeito é o policial militar que foi preso
no dia 15 de março pela polícia durante as investigações.
As informações foram repassadas
pelo delegado Leonardo Germano, titular da Delegacia Municipal de Caicó e
responsável pelo inquérito. Segundo ele, a jovem, que tinha 22 anos, foi
estuprada pelo PM, primeiramente, no mês de agosto de 2018. O crime não foi
denunciado, contudo foi constatado na investigação. Depois disso, no dia 2 de
março deste ano, ela foi morta pelo policial.
“No dia 2 de março de 2019, Zaira
Cruz encontra-se com ele no carnaval de Caicó. Ele fica com a vítima, dentro de
um veículo, entre 2h14min e 3hs da madrugada. Neste lapso temporal, o policial
tenta ter relação sexual com a universitária, porém ela nega. Diante da
negativa de Zaira, ele a estupra e depois decide matá-la. Por volta das 3hs,
Zaira é encontrada morta dentro do veículo, no banco do passageiro”, detalhou o
delegado.
Durante as investigações, a
Polícia Civil descobriu que o primeiro estupro sofrido por Zaira Cruz, no mês
de agosto do ano passado, foi compartilhado pela vítima em conversas com pessoa
próxima a ela. A universitária relatava que o policial militar tentou manter
relação sexual, sem uso de preservativo e que, após a negativa dela, ele a
violentou.
“Diante deste fato, gostaríamos
de deixar um alerta sobre a importância das mulheres denunciarem este tipo de
violência, para que não haja uma progressão característica do ciclo da
violência”, alertou o delegado Leonardo Germano. O policial está preso e é
apontado pelos investigadores como responsável pelos crimes. O inquérito agora
será remetido à Justiça.
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