O Frente Polisário é um movimento militar de rebeldes do Saara
Ocidental, que visa a independência do Marrocos e o reconhecimento da
“República Árabe Saaraui Democrática – RASD”. De acordo com o ministro
de Relações Exteriores do Marrocos, Nasser Burita, o “movimento
revolucionário” é treinado, financiado e armado pelo grupo paramilitar e
fundamentalista Hezbollah, sediado no Líbano. A informação é do UOL. Há
alguns anos, o RASD está recebendo apoio de diversos partidos
brasileiros de esquerda.
No dia primeiro de maio deste ano, o
governo do Marrocos chegou a anunciar oficialmente o rompimento de
relações diplomáticas com o Irã, país ao qual acusa de armar e
financiar, por meio do Hezbollah, combatentes da Frente Polisário. De
acordo com Nasser Bourita, “existem provas e dados de que pelo menos um
diplomata da embaixada do Irã na Argélia participou, durante pelo menos
dois anos, como facilitador das relações entre Hezbollah e a Frente
Polisário em ações destinadas a capacitar soldados separatistas saarauís
em ações de guerrilha urbana e ataques contra o Reino do Marrocos”,
conforme registrou o Cebrafrica, Centro Brasileiro de Estudos Africanos.
Em meados de 2015, o PCdoB “reafirmou
solidariedade com o Frente Polisário”, afirmando que o Partido Comunista
do Brasil se reuniu com Mohamed Zrug, representante do Polisário no
brasil. De acordo com o PCdoB, o “RASD” é um “governo legítimo”. “A
direção do PCdoB reiterou a solidariedade dos comunistas com a luta do
povo saarauí e seu empenho junto ao governo brasileiro para que
reconheça a RASD. De imediato, é necessário que o Brasil admita a
existência de um escritório de representação da Frente Polisário em
Brasília”, informou a Secretaria de Polícia e RI do PCdoB.
No 14ª Congresso do PCdoB,
que ocorreu em 2017, o representante do RASD esteve presente, assim
como diversos partidos comunistas e outros movimentos terroristas que
querem o domínio da Palestina no território de Israel. Também no ano
passado, Mohamed Zrug participou do sexto Congresso do PT, se
solidarizando com a “situação” de Lula. “O PT precisa da nossa
solidariedade, das forças progressistas de esquerda em todo o mundo”,
afirmou Zrug.
No site do PSOL na Câmara é possível encontrar uma nota de apoio ao grupo militar dizendo:
“Os delegados e delegadas do 1º
Congresso do PSOL se solidarizam como o povo saharaui e sua luta pela
libertação contra a opressão e a violência do governo do Marrocos que
ocupa militarmente o território saharaui. Apoiamos a criação soberana do
Estado Saharaui, esperando que o Brasil apoie decisivamente as
resoluções já adotadas pela ONU que prevêem a desocupação militar do
Marrocos. Reconhecemos o governo, o parlamento e a Frente Polisário como
legítimos representantes do povo Saharaui, e apoiamos a realização do
plebiscito sobre a descolonização. Apoiamos também a criação de uma rede
de solidariedade à luta do povo saharaui em nosso país, fortalecendo o
internacionalismo e a solidariedade entre os povos. Viva o povo
saharaui! Viva a solidariedade internacional! Viva o socialismo!”
Atualmente, o Brasil não reconhece o
RASD “por entender que o status final do território deverá ser alcançada
por meio do entendimento mútuo entre as partes, bem como por meio do
tratamento da questão no âmbito do Conselho de Segurança [da ONU]”.
Via MBL
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