Ele está preso no Japão por suspeita de sonegação e fraude fiscal. Montadora diz que aliança com Renault continua inalterada.
O conselho de administração
da Nissan decidiu
retirar o brasileiro Carlos
Ghosn da presidência do conselho da montadora nesta quinta-feira (22).
Ele está preso
sob suspeita de sonegação e fraude fiscal.
Além do afastamento de Ghosn, os
membros do conselho também aprovaram a remoção de Greg Kelly de sua posição
como diretor-representativo.
A Nissan também afirmou que
criará um comitê especial para buscar um substituto para o executivo, além de
viabilizar uma comissão especial de governança para os próximas presidências.
De acordo com a montadora, a
parceria com a Renault continua
inalterada e sua missão é "minimizar o potencial impacto" na
cooperação das marcas.
Reunião durou 4 horas
A reunião era prevista para durar
2 horas, mas levou cerca de 4 horas. Ainda não há informações sobre como
fica a posição de Ghosn no comando da aliança Aliança
Renault-Nissan-Mitsubishi, mas o brasileiro permanece na presidência da
Renault, da qual foi substituído
interinamente por Thierry Bolloré.
Ghosn
é acusado de não declarar mais de 5 bilhões de ienes (o equivalente a
R$ 167,4 milhões) de seu pagamento como presidente da montadora. As fraudes
fiscais ocorreram entre 2010 e 2015, diz a promotoria japonesa.
História do brasileiro
Brasileiro, natural de Porto
Velho (RO), Ghosn foi presidente da montadora japonesa entre 2001 e 2017.
Ele
deixou o cargo no ano passado para cuidar das parcerias com Renault e
Mitsubishi, montadora que foi adquirida após passar por escândalos de fraude e
na qual ele era membro do conselho.
Apesar disso permaneceu como
presidente do conselho na Nissan. Um raro executivo estrangeiro no topo da
carreira no Japão, Ghosn é bem visto por ter tirado
a Nissan da beira da falência.
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