O Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) assinou convênios com o Ministério da Segurança
Pública, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Conselho Nacional do Ministério
Público e o Ministério dos Direitos Humanos, para unir esforços em torno de uma
política de melhoria do sistema de execuções penais e da Justiça Criminal.
Entre as ações acordadas estão a biometria e a identificação documental dos
presos, o incentivo ao uso de penas alternativas, o compartilhamento de dados
estatísticos e a digitalização e criação de um banco nacional digital de
processos de execução criminal.
O presidente
do STF e do CNJ, ministro Dias Toffoli, destacou a importância de dar cidadania
para o preso, que está sob custódia do Estado. Segundo ele, alguns presos não
têm sequer certidão de nascimento, sendo identificado apenas por meio da
impressão digital em papel. Dias Toffoli disse que pretende criar um banco de
dados nacional com os processos de execução. Assim, será possível controlar os
prazos, a possibilidade de progressão de pena e as opções para penas
alternativas, para que ninguém permaneça preso além do que determina a pena.
Os dois
convênios vão permitir a identificação dos presos para estudos e estatísticas e
incentivo ao uso de penas alternativas como forma de evitar aliciamento de
pequenos infratores, por parte de grandes facções criminosas, presentes nos
presídios. Além da digitalização dos processos de execução criminal.
A iniciativa
terá o orçamento de R$ 90 milhões (reais) ao longo de três anos, prorrogáveis
por mais dois. Os recursos serão do Fundo Penitenciário. Os estados da Bahia e
Alagoas deverão desenvolver o projeto-piloto da implantação da biometria nos
presídios.
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