sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Em 14 dias, gasolina sobe hoje pela quarta vez

A Petrobras anunciou novo reajuste no preço do litro da gasolina nas refinarias pelo segundo dia consecutivo. A partir desta sexta-feira, 14, o combustível custará R$ 2,2514. Esse é o quarto aumento somente neste mês de setembro, totalizando 4,71% de variação para cima. Nos últimos 30 dias, o custo da gasolina nas refinarias subiu 17,42%. O novo valor rompe a máxima batida nesta quinta-feira, 13, quando o custo nas refinarias ficou em R$ 2,2294. O custo do litro do óleo diesel será mantido em R$ 2,2964.
Em alguns postos de combustíveis de Natal, custo do litro da gasolina aditivada superou R$ 5,00
Em reportagem publicada nesta quinta-feira pela Tribuna do Norte, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos-RN), Antonio Cardoso Sales, declarou que o Sindispostos/RN não regula a cobrança dos valores nas bombas. “Qualquer movimentação nos preços dos combustíveis, seja aumento ou redução, não tem envolvimento nem acompanhamento do Sindicato. A própria legislação não permite.”
Segundo o Procon Natal, o último levantamento dos preços praticados pelos postos de combustíveis, feito no dia 5 de setembro, mostrava que o preço mais baixo da gasolina comum era praticado em postos localizados nos bairros de Cidade da Esperança, Cidade Nova e Felipe Camarão, na zona Oeste. Neles, o produto custava R$ 4,5500. Em alguns postos da zona Sul, a gasolina comum é encontrada a R$ 4,8499 e a gasolina aditivada a R$ 5,0000 o litro.
Congelamento de preços
A Petrobras anunciou na quinta-feira, 6, a terceira alteração na sua política de reajuste do preço da gasolina desde que passou a acompanhar o mercado internacional, em outubro de 2016. O valor do litro na refinaria poderá ficar congelado por até 15 dias, em vez de sofrer alterações diárias, como acontecia desde julho do ano passado. O que não ocorreu, porém, até hoje. Para evitar prejuízos, a empresa vai recorrer a instrumentos financeiros de proteção - a compra de derivativos de gasolina na Bolsa de Nova York e o hedge cambial no Brasil.
Com os derivativos, se previne das oscilações de preços do combustível enquanto mantém os seus preços inalterados. Assim, ainda que perca dinheiro por alguns dias por não reajustar a gasolina enquanto a commodity sobe no mercado externo, ganha com os derivativos na mesma proporção. No final das contas, o saldo entre perdas e ganhos é nulo, e o cliente é beneficiado por não ter que lidar com as variações diárias do preço.
As mudanças não vão interferir, porém, no tamanho dos reajustes que a Petrobras vai aplicar daqui para frente. As altas da commodity no mercado internacional continuarão sendo repassadas aos clientes. Só mudam os prazos.
Composição de preços
A maior parte do preço final da gasolina é decorrente dos seguintes componentes: 35% fica com a Petrobras; 15% é Cide, PIS/Pasep e Cofins; 29% é ICMS; 11% é o custo da mistura de álcool anidro e 10% são relativos à margem de lucro das distribuidoras e postos.

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