Os consumidores do Rio Grande do
Norte pagam, em média, R$ 1,24 de imposto por cada litro de gasolina comum
comprado nos postos de combustíveis no estado. Esse valor corresponde ao
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja incidência
chega a 29% sobre o custo final do produto. Segundo levantamento mais recente
da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro da gasolina comum
no estado é R$ 4,38. Comparado com outras unidades federativas, o percentual do
ICMS cobrado pelo Rio Grande do Norte fica atrás do Piauí (31%) e empatado com
Paraíba, Alagoas e Pernambuco.
O ICMS potiguar é 1% acima da média nacional, que é 28%. Na região
Nordeste, somente o Piauí incide com uma taxa maior, de 31%. Em termos
absolutos, no entanto, o estado potiguar fica atrás do Piauí, Alagoas e Bahia.
Nesses territórios, é cobrado, em média, R$ 1,36, R$ 1,27 e R$ 1,25 do imposto
por litro de gasolina, respectivamente.
O levantamento foi feito pela Federação Nacional do Comércio de
Combustíveis (Fecombustíveis), com base nos preços do mês de maio divulgados
pela ANP. O Governo do Estado do Rio Grande do Norte não pretende alterar as taxas
tributárias. O secretário estadual da Tributação, André Horta, afirmou que os
valores dos combustíveis dispararam depois da mudanças na política de preços da
Petrobras, tendo pouca relação com a quantidade de impostos.
“Óleo diesel, desde então, subiu 55,6% na refinaria na refinaria, segundo o
Centro Brasileiro de Infraestrutura. Transparece que há dificuldades nessa
opção pela flutuação desgovernada dos preços dos combustíveis, aos ventos das
instabilidades internacionais”, declarou.
A arrecadação de impostos sobre combustíveis no Rio Grande do Norte gerou
uma receita de R$ 487 milhões de janeiro/2018 até o início deste mês,
levando-se em consideração a soma da gasolina com o óleo diesel e álcool, com
taxas de 18% e 23% sobre o preço final, respectivamente. A projeção até o fim
do ano é que o montante feche em R$ 1,19 bilhão. Em 2017, o valor arrecadado
foi de R$ 1,14 bilhão.
André Horta, que atualmente também ocupa o cargo de coordenador dos
secretários estaduais no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz),
ressalta que a mudança de taxas tributárias estaduais pode prejudicar as
receitas. “Entre 1991 e 2011, os Estados perderam 5% de participação nas
receitas tributárias brasileiras. Isso representou R$ 108 bilhões em 2017.
Todos os projetos de ajustes no federalismo fiscal que estão em pauta no País
são para recuperar as graves perdas de receitas desses entes em relação à
União”, acrescentou.
Ele ainda afirmou que os Estados estão abertos ao diálogo sobre tributos,
mas ponderou que não são mudanças na forma de cobrança que vão resolver o
problema das altas frequentes de combustíveis.
Peso tributário
O imposto cobrado pelos estados corresponde à maior fatia tributária que incide sobre o preço dos combustíveis. Em relação à gasolina, a média nacional mostra que 28% do preço é de ICMS, outros 14% são relativos ao PIS/Cofins e 2% da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que são tributos federais.
Número
R$ 1,24 é quanto o consumidor potiguar paga de ICMS por litro de gasolina no RN.
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