Levantamento da PRF apontou mobilizações da categoria em 21 estados
A paralisação nacional de caminhoneiros deflagrada hoje (21) teve
adesão da categoria em boa parte dos estados. Segundo balanço da
Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam), houve participação em 17
unidades da federação. Foram realizadas manifestações diversas, desde
pontos de concentração de motoristas à interdição de rodovias. Já
levantamento a Polícia Rodoviária Federal apontou mobilização maior, em
21 estados.
A ABCam não informou número de profissionais que se juntaram ao
movimento. A entidade reivindica a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o
óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A associação
também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel, que
poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de
Amparo ao Transportador Autônomo.
A categoria alega que os caminhoneiros vêm sofrendo com aos aumentos
sucessivos no diesel, o que tem gerado aumento de custos para a
atividade de transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42%
dos custos do negócio e 43% do preço do combustível na refinaria vem do
ICMS, PIS, Cofins e Cide.
Mapa da PRF
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitora as interdições de estradas em tempo real.
Os estados com mais pontos de bloqueio de estradas são Paraná (20),
Bahia (14), Rio de Janeiro (14), Minas Gerais (11) e Goiás (9).
Conforme o mapa da PRF, o movimento está mais intenso no Sudeste e
Centro-Oeste. Na Região Norte, não foram registradas interdições em
Roraima, Amapá e Acre. Em Rondônia e no Amazonas houve apenas um
registro em cada, enquanto no Pará houve dois e em Tocantins, três.
Continuidade
A ABCam enviou um ofício ao governo feral sobre as reivindicações e, como não teve retorno, convocou a paralisação
para esta segunda-feira. De acordo com o presidente da associação, José
da Fonseca, o movimento teve início pela manhã em três estados - São
Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo – e ganhou força ao longo do dia.
Ele credita o crescimento da adesão durante o dia ao anúncio de novo aumento nos combustíveis pela Petrobrás.
Até o início da noite de hoje, a ABCam esperava um posicionamento do
governo federal. Segundo Fonseca, se não houver retorno às demandas
apresentadas, a tendência é que o movimento continue e possa, inclusive,
se intensificar.
“As coisas estavam indo bem, calmas. Só que hoje aumentou diesel e
gasolina, e isso foi considerado como ato de provocação. Em São Paulo,
há pontos em que já queimaram pneus. Não é isso que nós queremos, mas o
governo nessa morosidade parece que quer ver isso”, diz Fonseca.
A Petrobras anunciou
mais uma alta no preço da gasolina e do diesel nas refinarias nesta
segunda-feira (21), em meio a protestos de caminhoneiros contra o alto
custo dos combustíveis. A decisão foi vista como um "desaforo a todos
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https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/05/21/nova-alta-dos-combustiveis-e-desaforo-diz-associacao-de-caminhoneiros.htm?cmpid=copiaecola
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