O clima ficou tenso no fim da manhã desta quinta-feira (11) no entorno
da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Servidores públicos
estaduais fazem manifestação contra o pacote de projetos encaminhados
pelo Governo do Estado e, sem o acesso ao Palácio José Augusto, eles
derrubaram o cerco ao redor do local. Apesar da tensão, não houve
confronto grande entre manifestantes e a Polícia Militar.
Servidores ocuparam entrada principal da Assembleia Legislativa
Mais
cedo, manifestantes hostilizaram o deputado Ricardo Motta (PSB), que
chegava ao Legislativo pela entrada da Procuradoria. Os manifestantes
tentaram furar a barreira feita por policiais do BPChoque, mas foram
contidos e o deputado conseguiu adentrar o local. Porém, o clima
continuou tenso nos outros acessos à Casa Legislativa.
Com as grades posicionadas nos acessos, os
servidores arrancaram a estrutura e foram até a frente da porta
principal que dá acesso à Assembleia. Segundo os manifestantes, houve
uso de gás de pimenta para dispersar alguns manifestantes mais
exaltados, mas a situação foi rapidamente contornada pelos policiais. Os
servidores entoaram palavras de ordem contra o governador Robinson
Faria.
"Nossa reivindicação é para que a Assembleia
não aprove o pacote de ajustes do Governo. Não é justo que os servidores
paguem mais uma vez pelo desequilíbrio fiscal do Estado. É incoerente
que os Poderes sejam riquíssimos enquanto o Rio Grande do Norte está
falido", disse o servidor Anderson Barbosa, coordenador do Sinte.
Viaturas da Polícia Militar estão no entorno da Assembleia, mas até as 11h05, o clima estava tranquilo e sem confrontos. "Vocês estão no mesmo barco que a gente", disse um servidor a policiais que fazem a segurança no local. Pacote O Governo do Estado encaminhou ao Legislativo 18 projetos que tratam sobre reequilíbrio fiscal e outras medidas que afetam diretamente os servidores, como proibição de concessão de reajustes salariais para serem pagos a partir da gestão seguinte, proibição de promoções, além do aumento da alíquota da previdência recolhida, que poderá passar de 11% para 14%.
Nenhum comentário :
Postar um comentário