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A viabilidade da
produção orgânica foi defendida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) no VI Congresso Latino-americano de Agroecologia, que
se encerrou sexta-feira (15), em Brasília. “Trabalhamos no ministério com
projeto que forma núcleos de educação em universidades e em institutos
federais, tendo a agroecologia como alternativa, e a produção orgânica de
alimentos como sistema possível de ser aplicado e difundido”, disse a
coordenadora de Agroecologia e Produção Orgânica no Ministério da
Agricultura, Virginia Mendes Cipriano Lira. “O projeto significa quebra de
paradigma, uma mudança em relação ao sistema convencional apresentado nos
cursos”, e inclui, segundo ela, além do ensino, pesquisa e extensão.
O interesse dos
produtores por orgânicos é uma demonstração da viabilidade do projeto do
Mapa. O número de associações e de cooperativas cadastradas no ministério,
nesse segmento, cresceu 198%, desde 2013, passando de 6.700 unidades para
19.970, atualmente.
O cadastramento de entidade organizada junto ao Mapa possibilita a venda
direta dos produtos.
Boa parte de 1.500
trabalhos científicos que foram inscritos no congresso, de acordo com
Virgínia Lira, são frutos dos núcleos de agroecologia. “Houve uma
interferência positiva sobre os estudantes, no sentido de se tratar o
assunto no ambiente de formação. E o mesmo acontece em instituições de
pesquisa, como a Embrapa, e em outras instituições estaduais, que cada vez
mais desenvolvem pesquisa em agroecologia e em produção orgânica com sistemas
alternativos”, comentou. No caso dos núcleos de educação, explicou a
coordenadora, “eles facilitam interagir com comunidades vizinhas e
compartilhar conhecimento produzido na instituição”.
No Congresso, em que
foi lembrada a Semana do Cerrado, prevaleceu o tema
“Agroecologia na Transformação dos Sistemas Agroalimentares na América
Latina: As memórias, os saberes e os caminhos para o bem viver”. O evento
reuniu pesquisadores, representantes de povos indígenas, estudantes,
artesãos e agricultores em palestras, mostras de trabalhos, apresentações
culturais e rodas de diálogo.
A produção, o acesso do
alimento orgânico ao maior número de pessoas, o crescimento das compras
governamentais desses produtos para a merenda escolar, hospitais e
universidades, dominaram as discussões durante três dias.
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