quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Sala destaca história e cultura do Serido em exposição

Exibindo Jose Ezelino da Costa - Chuva   1920.jpg
A exposição “Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo”, aberta na quinta-feira (16) no Centro de Educação José Augusto-Ceja (Rua Zeco Diniz, S/N, Penedo, Caicó) apresenta também um olhar histórico a antropológico sobre o município de Caicó.
A mostra, promovida pelo Governo do Estado, através da Fundação José Augusto, exibe a sala “Seridoísmo”, uma recepção onde estão instalados textos e fotos sobre a história da região.
A sala apresenta textos de historiadores, geógrafos, pesquisadores e escritores que interpretaram a identidade e especificamente a evolução social e cultural caicoense.
Também estão expostas imagens históricas sobre a cidade, além de reproduções de pinturas rupestres encontradas na região, principalmente no sítio arqueológico de Carnaúba dos Dantas. 
Há textos expostos dos autores Francisco de Assis Medeiros, Manoel Dantas, Ione Diniz Rodrigues Morais (geógrafa), Muirakytan Kennedy de Macêdo (historiador), Paulo Bezerra (historiador), Moacy Cirne (poeta e artista visual), Maria Augusta Vale, Olavo de Medeiros Filho (historiador), Oswaldo Lamartine de Faria, (sertanólogo), Olívia Morais de Medeiros Neta (historiadora), Eugênia Maria Dantas (geógrafa), Francisco de Assis Medeiros, historiador, Manoel Dantas, historiador ,Ione Rodrigues Diniz Morais, geógrafa. 
Nos painéis expostos os autores interpretam suas visões sobre a região.
Escritos
O célebre historiador  em “ Homens de Outr´Ora”, Manoel Dantas trata das origens: “Quando o sertão era virgem, a tribu dos Caicós, celebre pela sua ferocidade, julgava-se invencível, porque Tupan vivia alí, encarnado num touro bravio que habitava um intrincado mufumbal, existente no local onde está, hoje, situada a cidade de Caicó. 
O poeta Moacy Cirne, em “Seridó, Seridós”, cria termos para definir o lugar: “O Seridó não se resume a Caicó, naturalmente; o sentimento de seridolência, que antecede o seridoísmo, conforme o entendemos, é tão antigo quanto as cidades de Acari e Caicó, as primeiras da região.” 
Na obra “O Sertão do Seridó, o escritor Oswaldo Lamartine retrata a cultura da pecuária: “A vocação histórica do sertanejo é o gado. Espremido em cercados retalhados a cada herança, pendeu para uma pecuária semi-extensiva”.  
Música 
O produtor musical José Dias preparou um repertório especial  com obras de intérpretes e compositores cujas obras fazem referência a cultura caicoense.  Com uma sonorização ambiente são apresentadas como Rosa Impúrpura do Caicó ( Chico César), Ovo de Codorna ( Severino Ramos),  Caicó (Vila Lobos),  Comunhão (Mário Gil), entre outras canções que destacam a cultura historiográfica do município. 
A exposição “Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo” está aberta ao público de segunda à sexta, das 8h às 16h30, no Centro de Educação José Augusto-Ceja (Rua Zeco Diniz, S/N, Penedo, Caicó). 
História do RN 
Recortes da obra literária do etnógrafo conduzem o passeio pela história, desde a chegada dos portugueses, a tradição dos índios locais, a invasão holandesa, a fundação da cidade e seu desenvolvimento, o papel de Natal na 2ª Guerra Mundial, até o panorama atual. A mostra toma como base o livro História da Cidade do Natal, do autor potiguar.
A iniciativa consiste em um passeio entre os corredores históricos e galerias do Memorial, guiado pelo próprio Câmara Cascudo, através de recortes da sua obra literária. O visitante deverá viajar ao longo de mais de 500 anos de história, desde a chegada dos portugueses às nossas terras, os índios potiguares, o domínio holandês, a fundação de Natal, seus períodos áureos e conflituosos, o papel da cidade na 2ª Guerra Mundial, até chegar aos dias de hoje.
A mostra é composta por grandes painéis, bonecos em tamanho real de personagens ilustres e heróis potiguares, artefatos, livros, miniaturas, além de uma diversidade de objetos museológicos. Em cada trecho da exposição, painéis estampam textos de Câmara Cascudo, mapas, cartas náuticas, pinturas, fotografias, tudo em busca de se aproximar do visitante e despertar nele o interesse e valorização pela história potiguar e pela obra de Cascudo.
Uma outra parte da mostra aborda as principais ações desenvolvidas pelo Governo do Estado que apontam para o futuro, como as obras realizadas nas áreas de saneamento, estradas, saúde, educação e recursos hídricos e outros setores essenciais. 
A exposição “Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo” está aberta ao público de segunda à sexta, das 8h às 16h30, no Centro de Educação José Augusto-Ceja (Rua Zeco Diniz, S/N, Penedo, Caicó).

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