Iolanda Gomes De Assís (Irmã Ananília) nasceu no dia 19 de abril de 1930 num lar cheio de alegria e conforto, abastado e caridoso. Seus pais, Francisco Leônis Gomes de Assis e Aurea Galvão.
Assis, filho de Manoel Salustino e Ananília Regina.Ananília Regina, modelo de caridade e presença religiosa na comunidade. O casal fez doação da imagem de Cristo Rei para marcar o Congresso eucarístico 1937.
Dona Adélia encarregava-se da assistência aos pobres, abrigando-os e alimentando-os. Era franciscana e desejava ser muito pobre, conta Fátima Farias que escutara de sua mãe Coleta.
Aurea filha de Ladislau Galvão e Francisca Bezerra. Ela, dona Chiquinha, filha do coronel José Bezerra, preocupava-se com as necessidades dos moradores, acudindo-os sempre durante as estiagens e quando a saúde requeria. É o que diz a professora Ivanilda Bezerra que ouvira de Dona Mariana, sua avó em diversas ocasiões.
Dona Chiquinha, esposa de major Ladislau em 1917, patrocinou a construção da pirâmide da torre da igreja de Sant'Ana, embelezando-a.
Iolanda viveu uma infância feliz lá pelo município de são Tomé e brincando pelas ruas e praças de Currais Novos. Estudou no grupo escolar Capitão mor Galvão e no Educandário Jesus menino, ainda sob a direção de Altiva e Eunice Pereira. Ingressou na vida religiosa, na congregação das filhas do amor divino. Tornou-se professora dedicada ao jardim de infância, optando depois pela pratica de Educação Física durante vários anos no Colégio Santa Teresinha, em Caicó.
Irmã Ananília teve uma vida transparente, como dizia nas rodas de conversas, nas calçadas, nos encontros de familiares e amigos. Voltou em 1992 para Currais Novos deixou de atuar no magistério para se dedicar inteiramente a caridade, fundando dessa forma a Casa do Pobre, hoje Casa Irmã Ananília, com uma visão de assistência social, buscando recursos e meios de várias fontes para a sobrevivência da instituição.
E, o que é caridade? O conceito cristão diz que a caridade é uma virtude sobrenatural com dois pilares; amar a Deus e depois ao próximo. Foi assim que aprendemos com dona Sinigrinha; é assim a vida de Irmã Ananília, espelhada nas ações dos pais, nos exemplos dos avós, nas atitudes das tias, que, na esmola material e na palavra de conforto espalha a caridade evitando a fome, o abandono e o desespero.
Generosidade, solidariedade,
diálogo, humildade, escuta, justiça, agregador, uma paciência aliada à uma
visão estratégica, conciliadora, cuidado e sabedoria. Se pudéssemos resumir a
história dos 92 anos de vida de Irmã Ananília essas seriam as palavras chaves
do seu legado, no qual foi dedicada sua biografia em uma trajetória de
resistência, persistência e luta em favor de uma sociedade mais justa,
igualitária, plural e fraterna.
A obra de ir. Ananília de amor a Deus e ao próximo segue mantendo os mesmos princípios. Foi para isso que ela nos preparou.
Para nossa amada fundadora
desejamos que Deus a conceda o reino e gloria por descanso, e a todos nós que
ficamos pedimos forças para que possamos seguir o exemplo de suas boas ações.
Equipe Casa ir. Ananília.
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