Diante de uma plateia ansiosa por uma resposta do Governo do Estado
quanto ao pagamento dos salários atrasados dos servidores públicos
estaduais, o Subsecretário de Administração do Estado, José Ediran
Magalhães, apresentou perspectivas de pagamento durante audiência
pública realizada na tarde desta quarta-feira (27) na Assembleia
Legislativa.
Os servidores estaduais estão com quatro folhas de salários em atraso. O
governo não pagou o 13º salário de 2017, parte do Salário de novembro
de 2018, o 13º salário de 2018 e Salário de dezembro de 2018. De acordo
com apresentação de José Ediran, a dívida acumulada chega a mais de 857
milhões.
“O governo não tem caixa para quitar essa dívida sem o aporte de
recursos extras. Não temos como fazer uma previsão, pois o governo
depende da antecipação de receita. O governo está negociando a
antecipação dos royalties do petróleo, com uma perspectiva de arrecadar
350 milhões e da venda da folha de pagamento, que deve gerar uma receita
250 milhões. Essa estratégia vai funcionar e o governo vai quitar essa
dívida”, explicou José Ediran. A representação sindical presente à audiência não ficou satisfeita com
perspectiva de pagamento feita pelo representante do governo. Para
Janiere Souto, representante do Sinte/RN, o governo está fazendo
futurologia. “Nós do Sinte não vamos aceitar o que o governo está
fazendo. Não apresenta um calendário de pagamento, não apresenta uma
resposta concreta, queremos algo concreto porque a fome do trabalhador é
hoje”, declarou Janiere Souto.
O auditor fiscal Arnaldo Fiuza esclareceu que a crise fiscal não é
apenas do executivo, para ele todos os poderes contribuíram para chegar a
essa situação e devem ajudar. “O governo do Estado junto com os demais
poderes devem buscar uma solução definitiva. É preciso melhorar a
arrecadação explorando as potencialidades econômicas do Estado no
sentido de gerar receita por meio de incentivo as diversas atividades
econômicas que o Estado possui”, explicou Arnaldo Fiuza.
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