quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Policiais civis do RN suspendem serviços e delegacias são fechadas

 De acordo com representantes da categoria, a volta dos policiais ao trabalho depende do comprometimento do Governo do Estado em realizar o pagamento do décimo terceiro salário de 2017, que ainda não foi pago, do de 2018, e de dezembro deste ano, que permanece sem previsão para cair na conta dos servidores.
Ao longo do dia, de acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL/RN), os policiais permanecem reunidos em “assembleia permanente”, no pátio da Central de Flagrantes. A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE passou por algumas das delegacias que se encontram fechadas.
Nos locais, algumas pessoas desavisadas a respeito da paralisação chegaram a ir para registrar Boletins de Ocorrência, como foi o caso de Jânio Pessoa, de 42 anos, que foi registrar um B.O. no 8º Distrito Policial, no bairro de Cidade da Esperança. “Vim registrar um extravio de documento, não sabia que estava fechada”, afirma. Agora, de acordo com ele, vai esperar a normalização do serviço para poder fazer o boletim.
Não é apenas quem precisa registrar boletins de ocorrência que está sentindo os efeitos da paralisação. Em frente à Central de Flagrantes, uma viatura do 9º Batalhão de Polícia Militar aguarda, desde antes das 8h da manhã, uma orientação a respeito do que fazer com um preso em flagrante que está na viatura. O homem, de acordo com os policiais, foi preso no bairro de Cidade Nova por invasão a domicílio. “Estamos aguardando ainda alguma orientação. Não sabemos para onde levá-lo e estamos aguardando aqui há mais de uma hora”, afirma um dos PMs, que preferiu não se identificar.

"O sentimento atual é de grande revolta, pois ao anunciar o pagamento apenas para uma categoria da Segurança o Governo promove uma injustiça e discriminação. Infelizmente, nos últimos dias da sua gestão, o governador gera um caos na Segurança Pública ao adotar esse posicionamento", disse o presidente do Sinpol, Nilton Arruda.
Essa é a segunda vez que os policiais civis suspendem as atividades neste ano. A "Operação Zero.2" é exatamente em referência à segunda paralisação.
Até o momento, o Governo do Estado não se manifestou sobre a paralisação e quais as medidas que tomará com relação à suspensão dos serviços.

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