De acordo com representantes da categoria, a volta dos policiais ao 
trabalho depende do comprometimento do Governo do Estado em realizar o 
pagamento do décimo terceiro salário de 2017, que ainda não foi pago, do
 de 2018, e de dezembro deste ano, que permanece sem previsão para cair 
na conta dos servidores.
Ao longo do dia, de acordo com o Sindicato
 dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL/RN), os policiais 
permanecem reunidos em “assembleia permanente”, no pátio da Central de 
Flagrantes. A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE passou por 
algumas das delegacias que se encontram fechadas.
Nos locais, algumas pessoas desavisadas a 
respeito da paralisação chegaram a ir para registrar Boletins de 
Ocorrência, como foi o caso de Jânio Pessoa, de 42 anos, que foi 
registrar um B.O. no 8º Distrito Policial, no bairro de Cidade da 
Esperança. “Vim registrar um extravio de documento, não sabia que estava
 fechada”, afirma. Agora, de acordo com ele, vai esperar a normalização 
do serviço para poder fazer o boletim. 

Não é apenas quem precisa registrar boletins de 
ocorrência que está sentindo os efeitos da paralisação. Em frente à 
Central de Flagrantes, uma viatura do 9º Batalhão de Polícia Militar 
aguarda, desde antes das 8h da manhã, uma orientação a respeito do que 
fazer com um preso em flagrante que está na viatura. O homem, de acordo 
com os policiais, foi preso no bairro de Cidade Nova por invasão a 
domicílio. “Estamos aguardando ainda alguma orientação. Não sabemos para
 onde levá-lo e estamos aguardando aqui há mais de uma hora”, afirma um 
dos PMs, que preferiu não se identificar. 
"O sentimento atual é de grande revolta, pois ao anunciar o pagamento 
apenas para uma categoria da Segurança o Governo promove uma injustiça e
 discriminação. Infelizmente, nos últimos dias da sua gestão, o 
governador gera um caos na Segurança Pública ao adotar esse 
posicionamento", disse o presidente do Sinpol, Nilton Arruda.
Essa é a segunda vez que os policiais civis 
suspendem as atividades neste ano. A "Operação Zero.2" é exatamente em 
referência à segunda paralisação.
Até o momento, o Governo do Estado não se 
manifestou sobre a paralisação e quais as medidas que tomará com relação
 à suspensão dos serviços.
 
 
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