Via Agencia Brasil
Depois de 24 dias e 63 partidas a Copa do Mundo 2018 terá hoje (14) o
seu capítulo final no Estádio de Luzhniki, em Moscou, a partir das 12h
(horário de Brasília). França e Croácia são as únicas das 32 seleções
que restaram na competição e farão uma final inédita. Com seu ataque
veloz e meio campo habilidoso, a França é favorita, como já era desde o
início do Mundial.
No início de junho, no entanto, outras seleções também faziam parte
do grupo daquelas com condições de chegar à decisão. Entre elas, Brasil,
Espanha e Alemanha. Todas caíram precocemente, menos a França. Se o
título for para os “Bleus”, terá passado pelos pés de Mbappé e
Griezzman. Os dois atacantes têm se destacado na campanha do país neste
mundial.
Eles ainda têm a companhia luxuosa de um meio-campo talentoso e
veloz, composto por Pogba, Matuidi e Kanté. Mesmo com toda essa
qualidade, a França está focada em vencer, e não em inspirar o mundo com
seu futebol. Na maioria dos jogos decisivos, os franceses têm deixado o
adversário atacar e apostado nos contra-ataques em velocidade. Tem dado
certo.
Zebra quadriculada
E no grupo das favoritas não havia a Croácia. Mas o time do Leste
Europeu tinha talento para ir longe na Copa. O meio-campo croata não é
celebrado à toa: Modric e Rakitic são titulares no Real Madrid e
Barcelona, respectivamente. O centroavante Mandzukic, autor do gol da
classificação à final, joga na Juventus, melhor time da Itália na
atualidade.
O técnico Zlatko Dalic ainda contou com uma boa Copa do atacante
Perisic, do lateral direito Vrsaljko e dos zagueiros Lovren e Vida, além
do seu goleiro. Subasic pegou quatro pênaltis, sendo fundamental para a
sequência do time na Copa.
De um time como esse se esperava uma participação até as quartas de
final, quando sairiam honrosamente. Mas a Croácia mostrou, além da
qualidade no toque de bola no meio-campo, muita entrega e determinação
nas partidas eliminatórias. Cada bola é disputada como se fosse a
última, jogadores disputaram prorrogações seguidas, lesionados, mas
nunca desistiam da vitória.
É inegável, no entanto, que a Croácia entra em campo mais cansada.
Enquanto a França definiu sua classificação nas três partidas
eliminatórias ainda no tempo normal, a Croácia jogou três prorrogações,
totalizando 90 minutos a mais que os franceses. O técnico croata Zlatko
Dalic sabe da condição física dos seus jogadores que, como se não
bastasse, tiveram um dia a menos de descanso. A França fez a primeira
semifinal e a Croácia só venceu a Inglaterra no dia seguinte.
“Os jogadores me dirão se estão prontos ou não. Sim, alguns não
treinaram, mas não temos mais que treinar. Temos sim pequenos problemas,
mas acredito que resolveremos todos hoje [sábado]”, disse Dalic, na
coletiva de imprensa realizada ontem (14).
França e Croácia já se enfrentaram quatro vezes, entre partidas
oficiais e amistosos. Foram três vitórias da França e um empate. A
Croácia jamais venceu os franceses. Mas Dalic mostrou não se importar
com as estatísticas desfavoráveis e a condição de “azarão” nesta final.
“Estatísticas e recordes estão aqui para serem quebrados. Não importa
quem é seu oponente na final. É nossa meta dar nosso melhor, o mundo
inteiro estará assistindo a Croácia. Viemos para desfrutar do jogo e
vencê-lo”, disse o treinador.
Do outro lado, a França não alimenta o favoritismo. O técnico Didier
Deschamps prega respeito ao adversário e elogiou o trabalho de Dalic no
comando da seleção. “Eu tenho realmente um grande respeito pelos
jogadores da Croácia e pelo técnico Zlatko Dalic. Não podemos esquecer o
que ele fez com um país tão pequeno”.
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