Com 36,5% da composição da matriz elétrica regional, eólicas
superam fontes térmica (34,1%) e hidráulica (29,5%)
 superam fontes térmica (34,1%) e hidráulica (29,5%)
Natal,
26 de junho de 2017
 – Os parques eólicos implantados em vários estados nordestinos estão se
 consolidando como a principal fonte para geração
 de energia elétrica na Região, aponta recente relatório do Escritório 
Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do
 Banco do Nordeste. Considerados somente janeiro e fevereiro deste ano, a
 energia provinda desses parques já representa
 36,5% da matriz elétrica regional, ante 34,1% oriundos de fonte térmica
 e 29,5% provenientes de fonte hidráulica.
O
 histórico levantado no relatório revela rápido crescimento a partir de 
2014, quando essa fonte passou de 7,8% na geração de energia elétrica
 para 19,2% no ano seguinte. No final de 2016, a fonte eólica já 
representava 37,2%. Para efeito de comparação, em 2008, esse percentual 
beirava ínfimos 0,3%. O crescimento, segundo o Etene, deve se consolidar
 em parte devido ao esgotamento do potencial hidrelétrico
 economicamente viável na Região. 
"A
 tendência é o incremento paulatino da participação da fonte eólica na 
matriz de geração de energia elétrica da Região nordestina, em razão
 desta ser, atualmente, a segunda alternativa mais competitiva, perdendo
 apenas para as grandes hidrelétricas", ressalta o coordenador de 
estudos e pesquisas do Etene, Francisco Diniz Bezerra, doutor em 
Desenvolvimento e Meio Ambiente.
O
 Plano Decenal de Expansão de Energia 2024, elaborado pela Empresa de 
Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia,
 não prevê nenhum projeto de hidrelétrica para o Nordeste até 2024. Por 
outro lado, a Região deverá contar em breve com aporte de 3,3 gigawatts 
(GW) a partir de usinas de geração de energia de fonte eólica já em 
construção. Há ainda outros 4,1 GW de projetos
 já aprovados e com construção não iniciada, previstos para entrar em 
operação nos próximos anos.
Segundo
 o Etene, a previsão é que os projetos em andamento e previstos no 
Nordeste demandarão  recursos da ordem de R$ 35 bilhões, representando
 boas oportunidades para toda a cadeia produtiva. Somente para 2017, o 
Banco do Nordeste conta com R$ 11,4 bilhões aportados no FNE 
Infraestrutura, passíveis de aplicação em projetos ligados a esse setor.
As
 demandas por recursos devem aumentar ainda mais em um horizonte de 
futuro mais amplo, já que a expectativa é que, até 2024, 11,6% de toda
 a capacidade de geração de energia elétrica do Brasil provenha de fonte
 eólica. Segundo o Etene, graças ao elevado potencial eólico do 
Nordeste, essa mudança na matriz energética deve colaborar para a Região
 alcançar a autossuficiência na geração de energia
 elétrica. 
O estudo encontra-se disponível na seção "Cadernos Setoriais", no site do Banco do Nordeste na internet, no endereço https://www.bnb.gov.br/
FNE Infraestrutura
Contando
 com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste 
(FNE), o FNE Infraestrutura é uma linha de crédito que dispõe
 de R$ 11,4 bilhões para investir em obras estruturantes na Região. É 
voltada para investimentos privados, por meio do financiamento de 
empresas engajadas em parcerias público-privadas (PPPs) e concessões. 

 
 
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