sábado, 5 de fevereiro de 2022

Wesley Safadão e mais três pessoas são denunciadas pelo MPCE por corrupção passiva e peculato


O documento foi protocolado no Poder Judiciário na manhã desta sexta-feira (5)
Wesley Safadão e mais três pessoas são denunciadas pelo MPCE por corrupção passiva e peculato

O cantor Wesley Safadão, Thyane Dantas (esposa dele), a assessora do músico, Sabrina Tavares Brandão e a servidora da Secretaria de Saúde de Fortaleza (SMS) Jeanine Maria Oliveira e Silva foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) com base nos crimes de peculato e corrupção passiva privilegiada.
Wesley Safadão é denunciado pelo MPCE

O documento foi protocolado no Poder Judiciário na manhã desta sexta-feira (5), dois dias após o Tribunal de Justiça do Ceará decidir pela liberação das investigações em curso pelo Ministério Público, paralisadas por força de um habeas corpus impetrado pelo cantor em novembro de 2021.

De acordo com o MPCE, a acusação é assinada por oito promotores de Justiça e “resulta de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado em julho de 2021, um dia após o casal e a produtora do cantor serem agraciados, de maneira irregular, com doses de imunizante contra o coronavírus, em descompasso com o calendário público previamente divulgado. O esquema contou com a participação de servidores efetivos e terceirizados da Secretaria de Saúde de Fortaleza, além de assessores e amigos do cantor”.

Segundo a denúncia, a articulação para o desvio dos imunizantes contou com a participação de oito investigados. Além dos três beneficiados diretos pela aplicação irregular das vacinas, o esquema também teve o envolvimento de um outro funcionário da equipe de Wesley, Marcelo da Silva Matos; de uma amiga e ex-funcionária de Marcelo, Ellen Cristina Oliveira; de um integrante da equipe de vacinação, Jorge Luís Alves de Freitas; do supervisor do posto de vacinação, Danilo Fernandes da Silva; e da servidora da SMS, Jeanine Maria Oliveira e Silva.

Ainda conforme o MPCE, durante as investigações, também foi oferecido um Acordo de Não Persecução Penal a Wesley, Thyane e Sabrina. O órgão estadual ofereceu a proposta de pagamento de prestação pecuniária de 360 salários mínimos para Wesley, 360 salários mínimos para Thyane e 25 salários mínimos para Sabrina, de forma que o valor total fosse designado para entidade pública ou privada com destinação social. Cada quantia foi calculada pelo Ministério Público considerando parâmetros legais e a estimativa da capacidade econômico-financeira de cada investigado. Contudo, a oferta não foi aceita pelos três.

 

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