sábado, 30 de janeiro de 2021

Secretário explica decisão de retomar ano letivo com aulas remotas na rede pública do RN

 

O secretário estadual de Educação, Getúlio Marques, afirmou neste sábado (30) que a suspensão do retorno presencial de parte dos estudantes às salas de aula no Rio Grande do Norte ocorreu para não colocar alunos e professores em risco. A decisão foi tomada com base nas condições sanitária relacionadas à pandemia da covid-19 no Estado. O modelo híbrido, com parte dos alunos em ensino remoto e outros em aula presencial, seria aplicado a partir desta segunda-feira, 1º de fevereiro, em pelo menos 60% das escolas da rede estadual de ensino do RN. Na tarde desta sexta-feira (29), porém, o Governo do Estado anunciou que o retorno se dará apenas por meio de atividades não presenciais, como acontece desde março do ano passado.
Créditos: Magnus Nascimento

Para o secretário Getúlio Marques, a medida vai causar mais prejuízos aos estudantes. Entretanto, segundo ele, a definição é necessária para preservar alunos e professores. “Eu acredito, como já disse outras vezes, que os prejuízos são enormes. A grande maioria dos estudantes depende muito da escola, da presença física e do encaminhamento para as atividades que integram os componentes curriculares. Ficar sem isso é um grande prejuízo. Nós estamos fazendo esforços para adiantar o máximo possível o retorno (presencial) à escola. Mas não podemos colocar alunos e professores em risco”, esclarece Marques.

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte-RN), a decisão do Governo na tarde de ontem foi acertada. “Nós sempre entendemos que as aulas devem ser retomadas apenas de forma remota, apesar dos prejuízos que observamos até aqui, mas, neste momento, o que prevalece é a vida. Muitos dos nossos companheiros estão em idade de risco, portanto, deveremos ser mais prudentes”, explica o coordenador do Sinte-RN, José Teixeira da Silva.

Segundo o coordenador, o Sindicato espera deliberar novamente sobre o assunto em março, quando o ano letivo de 2020 será finalizado. “Quando chegarmos no final de março e tivermos concluído o período letivo de 2020, aí sim poderemos avaliar como está a curva (da covid-19) e começar de forma híbrida”, afirma José Teixeira. O Governo do Estado, contudo, deve se reunir já nesta segunda-feira com o Ministério Público e outras entidades para avaliar o reinício do ano letivo de 2020 com parte dos estudantes em sala de aula.

“Nós da Secretaria Estadual e outras secretarias do Governo vamos nos juntar em mutirão (na segunda) para discutir o que podemos fazer para evitar um risco maior. O que eu posso dizer é que as decisões nesse período são temporárias, tomadas com base em possibilidades, sempre reconhecendo que pode haver modificações. Na segunda, certamente estabeleceremos um novo dia como referência para a implantação do modelo híbrido” afirma o secretário estadual de Educação, Getúlio Marques.

Na quinta-feira (28), Marques afirmou, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, que cerca de 60% das escolas da rede estadual estariam habilitadas para o retorno presencial dos estudantes na segunda-feira, via modelo híbrido. Segundo ele, as dificuldades nos repasses de recursos teriam impedido que as demais unidades escolares estivessem habilitadas para receber os alunos em 1º de fevereiro. “Nas escolas em que o recurso não chegou por algum motivo burocrático, nós vamos trabalhar para que o repasse chegue até o dia 15 (de fevereiro)”, disse Marque durante a entrevista.

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