Na esteira de uma esquisa que acompanha o desenvolvimento da pandemia de covid-19 no Norte desde o ano passado, pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia apontaram que a nova variante do novo coronavírus encontrada em pacientes japoneses tem origem no estado do Amazonas. As mutações achadas no vírus, até então inéditas, criaram o que será uma provável nova linhagem brasileira.
"Os japoneses colocaram os dados do sequenciamento no banco de dados internacional, e as amostras colhidas agrupam com as nossas aqui. É o mesmo vírus, mas com muitas mutações",. explica o coordenador do estudo, Felipe Naveca, em reportagem de Carlos Madeiro.
Acredito
que essas mutações possam ser parte da explicação para essa explosão de
casos aqui no Amazonas. Mas nós sabíamos que o número de casos iria
aumentar porque as pessoas não estavam fazendo distanciamento; nos dias
26 e 27 de dezembro houve protesto porque o governador mandou fechar o
comércio, houve as festas de fim de ano. E o sistema de saúde do estado
já estava fragilizado, é uma situação multifatorial a meu ver."
Felipe Naveca, pesquisador da Fiocruz Amazonas
Protagonista de tristes cenas de colapso em seus sistemas de saúde e funerário em 2020, o Amazonas entra em 2021 com uma segunda onda de casos e hospitalizações, com números maiores e crescimento mais acelerado que na primeira fase. O prefeito David Almeida (Avante) anunciou que o sistema público está novamente em colapso.
Ontem, Manaus atingiu o recorde de enterros já registrados na cidade: 150 em apenas um dia (57 confirmados de covid-19). O número de hospitalizações também explodiu na capital do Amazonas: somente ontem foram 250, recorde em apenas um dia até aqui desde o início da pandemia. No início do mês passado, essa média era de 40.
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