terça-feira, 31 de março de 2020

Brasil chega a 201 mortes, e Bolsonaro é contestado por diretor-geral da OMS

O Brasil registrou 1.138 casos de coronavírus nas últimas 24 horas, e o número de pessoas diagnosticadas com a Covid-19 no país subiu para 5.717. As mortes também aumentaram em um dia, de 159 para 201 casos — os 42 novos óbitos representam a maior marca diária do país na crise. São Paulo teve salto de 61% nas confirmações da doença: o maior estado do país tem 2.339 pacientes e 136 casos fatais. Um único hospital paulista registra 79 óbitos. O Rio contabiliza 23 mortes e 708 contágios. Confira as notificações de cada estado.

O que foi dito: o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) voltou a recomendar o distanciamento social como principal ação contra a pandemia. “Não vamos fazer medidas que sejam arriscadas para o nosso povo enquanto não tivermos condições de trabalho”, afirmou. Ele disse que o isolamento evitou disparada de casos no país.

Por que isso importa: ao longo do dia, o presidente Jair Bolsonaro pregou, novamente, o retorno das pessoas ao trabalho. Ele usou trecho distorcido de uma declaração do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre as regiões mais pobres do mundo; a declaração completa, entretanto, cobrava ações dos governos para garantir a renda da população. Mais tarde, o diretor da OMS rebateu o presidente e reafirmou a política de isolamento.

Em destaque: à noite, em novo pronunciamento, Bolsonaro reproduziu a distorção da fala do diretor da OMS, mas mudou o tom de suas declarações e chamou o coronavírus de “maior desafio da nossa geração” — antes o presidente se referia à pandemia como “gripezinha”. Panelaços foram registrados em diversos municípios brasileiros durante a fala presidencial.


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