Tempo de Aprender tem um
orçamento de mais de R$ 220 milhões
O Ministério da Educação (MEC)
lançou hoje (18) o programa Tempo de Aprender, voltado para o aperfeiçoamento,
o apoio e a valorização a professores e gestores escolares do último ano da
pré-escola e do 1º e 2º ano do ensino fundamental. O programa tem um orçamento
de mais de R$ 220 milhões e foi construído com base em um diagnóstico realizado
pelo MEC no qual foram detectadas as áreas da alfabetização que necessitam de
mais investimentos.
Segundo esse diagnóstico, as
áreas que estão mais carentes, e consequentemente, receberão mais investimento
do Tempo de Aprender são a formação pedagógica e gerencial de docentes e
gestores; materiais e recursos para alunos e professores; e acompanhamento da
evolução dos alunos.
O programa será implementado por
meio da adesão de estados, municípios e do Distrito Federal, que podem
manifestar interesse pelo site alfabetizacao.mec.gov.br.
Ações
Entre as ações previstas pelo
projeto Tempo de Aprender estão um curso, com versões on-line e
presencial, para proporcionar aos docentes a aquisição de conhecimentos,
habilidades e estratégias que os auxiliem a lidar com os desafios postos pelo
ciclo de alfabetização feito em parceria com a Universidade Federal de Goiás
(UFG) e um curso para auxiliar gestores educacionais, como diretores e
coordenadores pedagógicos, também com previsão presencial e on-line, oferecida
pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Também está prevista o lançamento
do Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora) para dar suporte
a professores da rede pública em todo o país. A ferramento foi desenvolvida
pelo Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (Labtime),
da UFG, e permitirá o acesso a recursos pedagógicos, como estratégias de
ensino, atividades e avaliações formativas, com respaldo em práticas exitosas
de alfabetização.
Outra ação do eixo é o fornecimento
de apoio financeiro para despesas de custeio de escolas para atuação de
assistentes de alfabetização, profissionais que auxiliam os professores no
manejo da sala. O MEC vai destinar R$ 183 milhões para a iniciativa. Os
repasses ocorrerão de acordo com o calendário oficial e deverão atender
prioritariamente escolas em situação de vulnerabilidade.
O programa prevê também a
reformulação do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para a
educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental.
Também será implementado o Estudo
Nacional de Fluência, que irá fornecer às redes de ensino uma ferramenta de
diagnóstico de fluência em leitura oral para alunos do 2º ano do ensino
fundamental. O estudo será aplicado no fim de 2020 para todas as redes que
aderirem ao programa Tempo de Aprender.
O MEC também ainda, por meio do
novo programa, realizar a reformulação das provas do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb) voltadas à alfabetização. O intuito é adequar as
avaliações do Saeb aos componentes essenciais para a alfabetização e avaliar
adequadamente o desempenho dos alunos em parceria com o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O ministério ainda pretende
valorizar os professores que conquistarem bons resultados, premiando o
desempenho de professores, diretores e coordenadores pedagógicos do 1º e 2º ano
do ensino fundamental com boas práticas e atividades na área. A medida será
realizada, de forma experimental, em 2020, e será expandida em 2021.
Agencia Brasil
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