Estados do Nordeste agregam a maior parte da produção
A produção de energia
eólica no Brasil atingiu a marca de 14 gigawatts (GW) de capacidade
instalada. Os dados referentes à medição de setembro foram divulgados
nesta segunda-feira (5) pela Associação Brasileira de Energia Eólica
(Abeeólica) e mostram que o total da produção dessa matriz energética é
equivalente a mesma capacidade instalada de Itaipu, a maior usina
hidrelétrica do Brasil.
No total, são 14,34 GW de capacidade instalada em 568 parques eólicos
e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados. Os estados da Região
Nordeste agregam a maior parte da produção. O Rio Grande do Norte
aparece em primeiro lugar com 146 parques e 3.949,3 megawatts (MW) de
potência. Em seguida vem a Bahia, com 133 parques e potência de 3.525
MW; o Ceará vem em terceiro lugar, com 2.049,9 MW de potência e 80
parques instalados.
“A fonte eólica tem mostrado um crescimento consistente, passando de
menos de 1 GW em 2011 para os 14 GW de agora, completamente conectados à
rede de transmissão. Em média, a energia gerada por estas eólicas
equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões
de habitações [80 milhões de pessoas]”, informou a associação.
De acordo com a Abeeólica, a energia produzida com ventos está
chegando a atender quase 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN). No
caso específico do Nordeste, os recordes de atendimentos a carga
ultrapassam 70% da energia produzida na região.
“O dado mais recente de recorde da região é do dia 13 de setembro,
uma quinta-feira, quando 74,12% da demanda foi atendida pela energia
eólica, com geração média diária de 7.839,65 MWmed [megawatts médio] e
fator de capacidade de 76,58%. Nesta data, houve uma máxima às 8h, com
82,34% de atendimento da demanda e 85,98% de fator de capacidade. Vale
mencionar também que, nesse mesmo dia, o Nordeste foi exportador de
energia durante todo dia, uma realidade totalmente oposta ao histórico
do submercado que é por natureza importador de energia”, disse a
Abeeólica.
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