Cuba acaba de anunciar que não mais participará do programa Mais
Médicos. O motivo alegado é a eleição de Bolsonaro e as condições
impostas por ele para os profissionais. Em nota, o governo cubano disse:
“O presidente eleito do Brasil, Jair
Bolsonaro, com referências diretas, desrespeitosas e ameaçadoras à
presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará termos e
condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização
Panamericana de Saúde e ao acordado por esta com Cuba. Portanto, diante
desta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a
decisão de não continuar participando no Programa Mais Médicos e assim o
comunicou à diretora da Opas e aos líderes brasileiros que fundaram e
defenderam esta iniciativa.”
O presidente eleito Jair Bolsonaro foi ao Twitter falar sobre o caso: “Condicionamos
à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de
capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte
destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias.
Infelizmente, Cuba não aceitou.”
Com a decisão, cerca de 11 mil médicos cubanos devem retornar ao país de origem.
O Programa Mais Médicos foi criado em 2013 e recebe críticas desde então
pela forma que trata os profissionais cubanos, recebendo acusações,
inclusive, de trabalho escravo. Médicos cubanos ficam com menos da
metade do salário pago a profissionais de outros países e têm diversas
restrições em relação à viagens e presença de familiares no país.
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