Via www.oantagonista.com
O PT acaba de divulgar nota em que diz que Aécio Neves se defronta com “o monstro que ajudou a criar”, mas se opõe à decisão do STF que o afasta do Senado.
O PT acaba de divulgar nota em que diz que Aécio Neves se defronta com “o monstro que ajudou a criar”, mas se opõe à decisão do STF que o afasta do Senado.
Leia, abaixo, a íntegra da nota:
“Aécio Neves é um dos maiores responsáveis pela crise política e
econômica do país e pela desestabilização da democracia brasileira.
Derrotado nas urnas, insurgiu-se contra a soberania popular e liderou o
PSDB e as forças mais reacionárias da política e da mídia numa campanha
de ódio e mentiras, que levou ao golpe do impeachment e à instalação de
uma quadrilha no governo. Para consumar seus objetivos políticos,
rasgaram a Constituição e estimularam a ação político-partidária ilegal
de setores do Judiciário e do Ministério Público.
Aplaudiram todas as arbitrariedades cometidas contra lideranças do PT
e dos setores populares, as violações ao devido processo legal e ao
Estado de Direito democrático.
Compactuaram com o processo de judicialização da política, que visou
essencialmente a fragilizar os poderes eleitos pelo povo. As repetidas
violações ao direito criaram um monstro institucional que tem como
cérebro a mídia, comandada pela Rede Globo, e tem como braços os setores
do MP e do Judiciário que muitas vezes acusam, punem ou perdoam por
critérios políticos.
Aécio Neves defronta-se hoje com o monstro que ajudou a criar. Não
tem autoridade moral para colocar-se na posição de vítima. Vítimas são
as brasileiras e brasileiros que sofrem com o desemprego, a recessão, o
fim dos programas sociais e a volta da fome ao país, sob o governo de
que Aécio Neves é fundador e cúmplice.
Por seu comportamento hipócrita, por seu falso moralismo, Aécio Neves merece e recebe o desprezo do povo brasileiro.
Ele terá de responder um dia, perante a Justiça, pelos gravíssimos
indícios de corrupção que o cercam. Terá de ser julgado com base em
provas, dentro do devido processo penal.
Mas a resposta da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a este
anseio de Justiça foi uma condenação esdrúxula, sem previsão
constitucional, que não pode ser aceita por um poder soberano como é o
Senado Federal.
Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação
judicial. A decisão de ontem é mais um sintoma da hipertrofia do
Judiciário, que vem se estabelecendo como um poder acima dos demais e,
em alguns casos, até mesmo acima da Constituição.
O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia, sob
pena de fragilizar ainda mais as instituições oriundas do voto popular.
E precisa também levar Aécio Neves ao Conselho de Ética, por ter
desonrado o mandato e a instituição. Não temos nenhuma razão para
defender Aécio Neves, mas temos todos os motivos para defender a
democracia e a Constituição.”
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