Robinson Faria é suspeito de
organização criminosa e obstrução da justiça.
Governador faria parte de esquema envolvendo funcionários fantasmas.
Governador faria parte de esquema envolvendo funcionários fantasmas.
O governador do Rio Grande do Norte,
Robinson Faria, do PSD,
foi alvo de uma operação da Polícia Federal. As suspeitas são de organização
criminosa e obstrução da justiça.
O governador estava em casa,
em um condomínio na praia de Pirangi do
Norte, na região metropolitana de Natal,
quando os policiais chegaram para cumprir um dos mandados de busca e apreensão.
Ao mesmo tempo, na capital, outra equipe da PF fazia uma varredura no
apartamento dele.
Segundo as investigações,
Robinson teria tentado comprar o silêncio de um delator da Operação Dama de
Espadas, realizada em 2015, e que descobriu um esquema de corrupção envolvendo
funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do estado.
A Polícia Federal também
cumpriu mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa e na sede do
governo. Dois funcionários da Assembleia foram presos temporariamente. São
pessoas de confiança do governador: Adelson Freitas dos Reis, que aparece atrás
dele em uma filmagem, e Magaly Cristina da Silva, servidora da Assembleia há 30
anos.
O Jornal Nacional teve
acesso à decisão que motivou a operação contra o governador do Rio Grande do
Norte.
Os passos dos investigados
na operação foram filmados em ação controlada, monitoramento feito pela Polícia
Federal com autorização judicial para obter provas. Uma dessas ações ocorreu em
junho de 2017.
A ex-procuradora-geral da
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte Rita das Mercês fazia parte do
esquema, mas decidiu colaborar com as investigações. Assim como seu filho,
Gustavo Villarroel.
O Jornal Nacional teve
acesso à decisão do Superior
Tribunal de Justiça, que autorizou a operação.
Gustavo contou que "um
emissário do governador, Adelson de Freitas dos Reis, preso hoje, procurou a
mãe, Rita, oferecendo, por estrita orientação do governador, R$ 5 mil por mês
para que Rita se mantivesse disposta a calar a verdade sobre os fatos".
Gustavo admitiu que recebia
esses pagamentos desde outubro de 2015 até hoje. As entregas eram feitas em
shoppings e até no estacionamento da governadoria, conforme acertos sempre no
dia anterior. O último encontro foi no dia 8 de junho.
Esse dinheiro vinha do
esquema dos funcionários fantasmas da Assembleia Legislativa: pessoas eram
recrutadas para receber salário sem trabalhar. As investigações apontam que o
cheque-salário delas era sacado, em dinheiro, na agência bancária dentro da
própria Assembleia Legislativa. E que o dinheiro ia parar nas mãos do
governador por meio de seu secretário ou do motorista.
Rita, a ex-procuradora da
Assembleia, disse que "Robinson Faria embolsava com o desvio cerca de R$
100 mil por mês, situação que perdurou até o fim de seu mandato de presidente
da assembleia, em dezembro de 2010".
O Ministério Público diz
que, mesmo depois de sair da assembleia, há indícios de que Robinson Faria continuou
se beneficiando do esquema até hoje.
O que dizem os citados
O governador Robinson Faria nega veementemente a prática de qualquer irregularidade durante seu mandato de deputado estadual, encerrado em 2010, e reforça que sempre esteve à disposição para prestar qualquer esclarecimento.
O governador Robinson Faria nega veementemente a prática de qualquer irregularidade durante seu mandato de deputado estadual, encerrado em 2010, e reforça que sempre esteve à disposição para prestar qualquer esclarecimento.
A defesa de Magaly Cristina
da Silva disse que vai provar a inocência da servidora na Justiça.
A defesa de Rita das Mercês
e do filho dela, Gustavo Villarroel, disse que tudo vai ser esclarecido com a
Justiça e os órgão de investigação.
O Jornal Nacional não
conseguiu o contato com a defesa de Adelson Freitas.
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