Nascido
Phabullo Rodrigues da Silva e do alto de seu 1,87 m de altura (embora possa
ultrapassar os 2 metros, a depender do tamanho do salto), Pabllo Vittar (22) se
firma como uma voz importante (e bela) na internet. A drag queen maranhense tem
mais de 2,3 milhões de seguidores no Instagram, 1,1 milhão no Facebook e quase
1 milhão no Twitter.
Os
vídeos das músicas “Todo dia” e “K.O.” ultrapassaram 50 milhões de
visualizações no YouTube.
Que
bandeira levanta?
Pabllo
Vittar – Da visibilidade. Independentemente da sexualidade, podemos ser o que
quisermos. Tenho noção de que estou no olho do furacão de um movimento. Recebo
muitas histórias tristes, de gente oprimida. Não sei onde isso vai dar, mas as
coisas estão mudando.
Sempre
quis ser artista?
Pabllo
Vittar – Sim. Minha mãe, Verônica, me levou para cantar na igreja. Também me
colocou no balé, em Uberlândia, onde passei a infância e ainda moramos. Pode
imaginar? Pregam que gays, principalmente os afeminados, não podem ter futuro
digno, mas sempre quis prosperar. Fui vendedor e trabalhei em salão de beleza.
Quando comecei a cursar design na Universidade Federal de Uberlândia, as coisas
mudaram.
A
música dá dinheiro?
Pabllo
Vittar – Não posso reclamar. Acabo de comprar um apartamento em Uberlândia. Não
quero sair daqui. Estou fazendo tantos shows que estou sem tempo para decorá-lo
e me mudar. Estudei bastante, foi tudo com esforço e ainda é: muitas viagens,
noites sem dormir, aprimoramento. Trabalhei duro para estar aqui.
Está
sempre montada?
Pabllo
Vittar – De forma nenhuma. Demoro quase três horas para virar Pabllo Vittar.
Não vou ao mercado nem à feira de peruca, salto, nada disso. Quando estou de
folga, o que menos quero ver é maquiagem. Engraçado que, quando pequeno,
chorava quando minha mãe raspava meu cabelo. Hoje, eu mesma raspo. Assim é mais
fácil para colocar as perucas.
O
chamado “pop trans” é uma revolução?
Pabllo
Vittar – Seria hipócrita dizer que não. Vamos sair pessoas diferentes após tudo
isso que está acontecendo. Cresci num lugar humilde, minha mãe tinha amigas
travestis que só iam lá em casa à noite. Certa vez, perguntei o motivo das
visitas noturnas, e ela me disse que era porque elas tinham medo de andar na
rua de dia. Isso, eu garanto, dificilmente vai voltar a ser assim.
Nenhum comentário :
Postar um comentário