quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Conheça um pouco mais Pabllo Vittar, fenômeno do estilo ‘pop trans’ brasileiro

Via Revista Época

 
Nascido Phabullo Rodrigues da Silva e do alto de seu 1,87 m de altura (embora possa ultrapassar os 2 metros, a depender do tamanho do salto), Pabllo Vittar (22) se firma como uma voz importante (e bela) na internet. A drag queen maranhense tem mais de 2,3 milhões de seguidores no Instagram, 1,1 milhão no Facebook e quase 1 milhão no Twitter.
Os vídeos das músicas “Todo dia” e “K.O.” ultrapassaram 50 milhões de visualizações no YouTube.

Que bandeira levanta?

Pabllo Vittar – Da visibilidade. Independentemente da sexualidade, podemos ser o que quisermos. Tenho noção de que estou no olho do furacão de um movimento. Recebo muitas histórias tristes, de gente oprimida. Não sei onde isso vai dar, mas as coisas estão mudando.
Sempre quis ser artista?

Pabllo Vittar – Sim. Minha mãe, Verônica, me levou para cantar na igreja. Também me colocou no balé, em Uberlândia, onde passei a infância e ainda moramos. Pode imaginar? Pregam que gays, principalmente os afeminados, não podem ter futuro digno, mas sempre quis prosperar. Fui vendedor e trabalhei em salão de beleza. Quando comecei a cursar design na Universidade Federal de Uberlândia, as coisas mudaram.

A música dá dinheiro?

Pabllo Vittar – Não posso reclamar. Acabo de comprar um apartamento em Uberlândia. Não quero sair daqui. Estou fazendo tantos shows que estou sem tempo para decorá-lo e me mudar. Estudei bastante, foi tudo com esforço e ainda é: muitas viagens, noites sem dormir, aprimoramento. Trabalhei duro para estar aqui.

Está sempre montada?

Pabllo Vittar – De forma nenhuma. Demoro quase três horas para virar Pabllo Vittar. Não vou ao mercado nem à feira de peruca, salto, nada disso. Quando estou de folga, o que menos quero ver é maquiagem. Engraçado que, quando pequeno, chorava quando minha mãe raspava meu cabelo. Hoje, eu mesma raspo. Assim é mais fácil para colocar as perucas.

O chamado “pop trans” é uma revolução?

Pabllo Vittar – Seria hipócrita dizer que não. Vamos sair pessoas diferentes após tudo isso que está acontecendo. Cresci num lugar humilde, minha mãe tinha amigas travestis que só iam lá em casa à noite. Certa vez, perguntei o motivo das visitas noturnas, e ela me disse que era porque elas tinham medo de andar na rua de dia. Isso, eu garanto, dificilmente vai voltar a ser assim.

Nenhum comentário :

Postar um comentário