A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza
foi prorrogada até o dia 9 de junho. A previsão inicial do Ministério da
Saúde era de que a imunização fosse encerrada hoje (26). A prorrogação,
segundo a pasta, tem como objetivo atingir a meta de vacinar 90% do
público-alvo (idosos, puérperas, indígenas, crianças, gestantes,
professores e trabalhadores de saúde). Até o momento, foram imunizados
63,6% de um total de 54,2 milhões de pessoas.
Balanço do ministério indica que, entre os grupos que
integram o público-alvo, os idosos registram a maior cobertura vacinal
(72,4%). Em seguida estão puérperas (71,2%) e indígenas (68,6%). Os
grupos que menos se vacinaram são crianças (49,9%), gestantes (53,4%),
professores (60,2%) e trabalhadores de saúde (64,2%).
Também foram aplicadas 7,1 milhões de doses em
pessoas com doenças específicas, privadas de liberdade e em
trabalhadores do sistema prisional.
Os estados com a maior cobertura vacinal, até o
momento, são Amapá (85,7%), Paraná (78,1%), Santa Catarina (77,7%), Rio
Grande do Sul (74%) e Goiás (70,1%). Já os estados com menor cobertura
são Roraima (47,9%), Rio de Janeiro (49%), Pará (52,1%), Mato Grosso
(55,8%), Rondônia (56,2%), Acre (56,4%) e Mato Grosso do Sul (57,1%).
Entre as regiões do país, o Sul apresenta maio
cobertura vacinal, com 76,3%, seguida das regiões Centro-Oeste (63,7%),
Nordeste (62,3%); Sudeste (61,2%); e Norte (58,2%).
Público-alvo
A vacina contra a gripe está disponível nos postos de
saúde para crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, pessoas com 60
anos ou mais (idosos), trabalhadores de saúde, povos indígenas,
gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de
liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com doenças
crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais,
além dos professores.
A orientação do ministério é que pessoas com doenças
crônicas não transmissíveis ou com deficiências específicas apresentem
prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em
programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde
devem se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a
vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
Segurança
A vacina disponibilizada pelo governo brasileiro
protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela
Organização Mundial da Saúde para este ano (A-H1N1, A-H3N2 e influenza
B). A dose, segundo a pasta, é segura e também é considerada uma das
medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de
gripe.
Como o organismo leva, em média, de duas a três
semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a
vacinação, o ideal, de acordo com o ministério, é realizar a imunização
antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe no
Brasil vai do final de maio até agosto.
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