Necessidade de ajustes na
Previdência foi apontada como ponto crucial para a retomada do crescimento
econômico
Da Redação (Brasília) – Hoje a despesa da Previdência é a
principal razão do aumento de gastos do país. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o gasto com o pagamento de
benefícios nos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) e no Regime Geral
de Previdência Social (RGPS) representa 13% do PIB. “Para que o país possa
continuar investindo em outras áreas como saúde e educação é preciso
estabilizar a Previdência”, afirmou o ministro durante a abertura do Seminário
“Os caminhos para a Reforma da Previdência”, organizado pelo Jornal Valor
Econômico, em Brasília, nesta segunda-feira (17).
O ministro apresentou ainda as contas da Previdência
urbana e rural. Segundo Meirelles o resultado é estruturalmente negativo. Em
2016 chegou a chega a R$ 150 bilhões. “Levando-se em conta o processo como um
todo, chega-se a R$ 180 bilhões e está crescendo”.
Segundo o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, as
mudanças que estão sendo propostas com a Reforma são necessárias para reduzir
as distorções no sistema. “A despesa com o pagamento de benefícios
previdenciários é alta. Devido à situação demográfica do país, os gastos com previdência
vão aumentar e as mudanças são necessárias para reduzir as distorções”,
explicou Caetano.
Durante o encontro destacou-se também a Taxa de
Reposição, que é a razão entre o valor das aposentadorias e o salário do
trabalhador. No Brasil a Taxa de Reposição proposta pela PEC nº 287 é de
76%, que segundo os especialistas é maior, por exemplo, do que em países
europeus onde chega a 56%.
O encontro reuniu representantes do setor público,
economistas e especialistas para discutir as mudanças da Previdência.
Participaram também dos debates, o Secretário de Acompanhamento Econômico do
Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, o coordenador de Economia Aplicada do
IBRE/FGV, Armando Castelar, o economista, Raul Velloso, o professor da FGV,
Kaizô Beltrão, o presidente da Comissão Especial de Reforma da Previdência da
Câmara dos Deputados, Carlos Marun, e o presidente Nacional da União Geral dos
Trabalhadores, Ricardo Patah.
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