sexta-feira, 17 de março de 2017

De lotes vencidos a carne proibida em linguiça: veja o que consta nas gravações da Operação "Carne Fraca"

SÃO PAULO - Gravações telefônicas obtidas pela Polícia Federal, no âmbito do Operação "Carne Fraca", mostram que vários frigoríficos vendiam carne estraga no Brasil e exterior. Segundo os áudios divulgados pelo G1, há casos mais "curiosos" como a inserção de papelão em lotes de frango e carne de cabeça na linguiça entre os produtos químicos e produtos fora da validade.
Em relação ao uso de carne proibida em lotes de linguiça, a informação aparece no áudio entre um dos donos do frigorífico Peccin, Idair Antônio Piccin, e sua mulher, Nair Klein Piccin.
Esse, no entanto, é apenas um dos frigoríficos envolvidos na operação da PF, que teve como alvo também JBS, BRF e Seara. Foram mais de 300 mandados judiciais cumpridos nesta manhã em 7 estados federativos. São eles: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. Ao todo, foram 27 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. 
Os alvos da operação
Entre os presos estão executivos da BRF como Roney Nogueira dos Santos, gerente de relações institucionais e governamentais, e André Baldissera, diretor da BRF para o Centro-Oeste, informa a Folha. Já segundo o Estadão, executivos do frigorífico JBS foram presos. À Bloomberg, a JBS informou que não houve mandado na sede da companhia e que não há informação sobre a prisão de executivos da companhia.

De acordo com a PF, a operação detectou em quase dois anos de investigação que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás ‘atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público’.

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