Uma quadrilha fortemente armada cerca
guarnições da Polícia e as casas dos policiais enquanto realizam assaltos na cidade.
Essa cena, recorrente há alguns anos no Rio Grande do Norte, vem sendo cada vez
mais comum no interior do Estado em 2017. Até agora, bandidos realizaram 22
ataques a bancos e agências dos Correios.
Bandidos metralham destacamento da PM
e assaltam BB de Florânia com o ataque a um terminal bancário na cidade de
Florânia, na madrugada desta quinta-feira (9), já são 12 bancos atacados em
2017 no Rio Grande do Norte, em 10 municípios diferentes: Baraúna (2), São
Paulo do Potengi (2), Cerro-Corá, Japi, São José de Campestre, Tangará, Lajes,
Umarizal, Santa Cruz e Florânia.
Em comum, todos os ataques a bancos
têm os horários entre a 1h e 3h30. Dos 12 ataques, em 10 foram utilizados
explosivos e nenhum bandido foi preso.Já com relação aos ataques aos Correios,
os 10 ataques ocorreram em 10 cidades diferentes: Almino Afonso, Cerro-Corá,
Paraú ,Japi, Equador, Lajes Pintadas, Paraná, Angicos, Montanhas e Baraúna.
Em alguns casos, os arrombamentos a
bancos e agência dos Correios ocorreram no mesmo dia. No município de Cerro-Corá,
onde uma agência do Bradesco foi explodida no dia 6 de janeiro, a agência dos
Correios da cidade foi alvo de criminosos no mesmo dia, também utilizando
material explosivo.
Em Japi, no dia 13 de janeiro, quando houve a explosão de caixa do Bradesco, a agência dos Correios também foi alvo de arrombamento.
Em Japi, no dia 13 de janeiro, quando houve a explosão de caixa do Bradesco, a agência dos Correios também foi alvo de arrombamento.
Ligações: O titular do Comando do
Policiamento do Interior (CPI), coronel Elyause Moreira, afastou a
possibilidade de ligação entre a onda de explosões a caixas eletrônicos no Rio
Grande do Norte e o elevado número de fugas de presos dos estabelecimentos
prisionais estaduais. "Não tenho
como afirmar se tem relação. Acredito que tenha mais ligação com a ação de
quadrilhas especializadas. Elas sempre agem com 15 ou 20 homens, bastante
armados. Eles cercam a cidade e fazem o terror", declarou Elyause
Moreira.
O coronel reconheceu o déficit de efetivo e
confirmou que não há data para recomposição.
Questionado sobre o quantitativo de
policiais presentes nas cidades atacadas nos dias das ações criminosas, o comandante
do CPI afirmou não dispor dos dados. Reconheceu, porém, que em todas elas a
Polícia Militar está presente. "Nós temos policiamento em todas as
cidades. Mas eles (os bandidos) sempre agem de forma a impedir a ação
policial", disse.
A Polícia Militar está contribuindo
com as investigações dos casos repassando informações à Polícia Civil numa ação
integrada e adiantou que irá requisitar informações aos bancos sobre a rotina
de abastecimento dos terminais eletrônicos e os valores que costumeiramente são
disponibilizados nas máquinas.
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