Santana do Matos elegeu 9
vereadores e empossou 11.
Dois vereadores eleitos são investigados pelo Ministério Público Estadual.
Dois vereadores eleitos são investigados pelo Ministério Público Estadual.
A eleição da mesa diretora
da Câmara de Vereadores da cidade de Santana
do Matos, na região Seridó do Rio Grande do Norte,
ocorrida neste domingo (1º), foi conturbada. Ocorreram dois eventos em locais
diferentes, sendo um na própria Câmara e o outro na Casa de Cultura. A cidade,
que tem nove cadeiras para vereadores, ao final do dia tinha 11 empossados.
De acordo com a secretária
da Câmara da cidade, Margarete Costa, as sessões aconteceram em locais
diferentes pois dois vereadores reeleitos estão proibidos de se aproximar da
Casa Legislativa, pois são investigados pelo Ministério Público na Operação Infarto,
deflagrada em setembro de 2016 para combater um esquema de desvios na
Prefeitura e Câmara da cidade.
A investigação apontou
valores repassados ilegalmente aos seguintes vereadores: Airton Ovídio de
Azevedo, conhecido como Mago de Miro, e Edilson Lopes da Silva, conhecido como
Bial. “A cerimônia teve que acontecer na casa de cultura onde eles podiam ir”,
explicou Margarete Costa.
A primeira sessão
aconteceu na Casa de Cultura com a presença de cinco vereadores, mas, segundo
Margarete, todos os nove foram convocados. Mago de Miro, Bial, Naldinho, Kaká e
Dedé de Básiaca estavam presentes e foram empossados. “Quando a cerimônia
acabou, seguimos para a Câmara para a sessão com os outros quatro que não
quiseram ir para a Casa de Cultura. Mas quando chegamos lá já estava
acontecendo”, relatou Margarete.
Na Câmara, outros quatro
vereadores eleitos foram empossados e dois suplentes tomaram posse no lugar dos
dois investigados pelo MP. “A vereadora que presidia a sessão , Ana Macêdo,
anulou a posse de Mago de Miro e de Bial e convocou os dois suplentes para
serem empossados e assim formar o quórum para eleição do presidente da Casa”,
relatou a secretária.
Mas ainda segundo ela, os
dois suplentes não participaram da votação. “O vereador João Maria Cadó, do
PSB, foi eleito presidente da Câmara da cidade com apenas quatro votos, o que
não é permitido”, explicou. Os dois vereadores investigados pelo MP ingressaram
com ação judicial requerendo os cargos no legislativo.
Fonte; G1 RN
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