domingo, 29 de janeiro de 2017

Governo já bloqueou R$ 51 milhões em fraudes no seguro-desemprego

Irregularidades foram encontradas por meio de uma plataforma antifraude, lançada em dezembro. Estimativa é de economia de R$ 1,3 bilhão em 2017
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O Ministério do Trabalho bloqueou 8.393 benefícios fraudulentos do seguro-desemprego, um total de R$ 51 milhões. As irregularidades foram encontradas por meio de uma plataforma antifraude, lançada em dezembro, que amplia a capacidade de identificação de requerimentos suspeitos para bloquear pagamentos indevidos. Em 2017, a estimativa é de que a economia para os cofres públicos seja de R$ 1,3 bilhão. Atualmente, o sistema investiga R$ 142 milhões em quase 43 mil requerimentos suspeitos.O investimento total do governo na plataforma foi R$ 72 milhões. O programa faz um rastreamento a  partir do CPF do trabalhador, o que ajuda a reduzir problemas de duplicidade de matrícula no Programa de Inclusão Social (PIS).

"A ferramenta fará integração com todas as bases de dados do Ministério do Trabalho, Receita Federal, Caixa Econômica Federal, entre outras. Isso vai proporcionar mais precisão e qualidade das informações, possibilitando maior agilidade no combate a esse tipo de crime", explica o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O ministro lembra que as fraudes provocam a perda de recursos destinados a trabalhadores demitidos, que dependem do seguro-desemprego até voltarem ao mercado de trabalho.
“Até agora não havia nenhum tipo de ferramenta que analisasse, em tempo hábil, os pagamentos indevidos relacionados a fraudes", diz. Isso porque, quando se identificava um requerimento suspeito, não havia como impedir a liberação enquanto não se confirmasse a fraude.
“O seguro-desemprego existe desde 1986 e nunca se fez nada nesse porte”, frisa o ministro.
Acesso
A partir de 2018, o trabalhador demitido sem justa causa terá acesso ao seguro-desemprego sem precisar comparecer às agências do Ministério do Trabalho. O empregador informará a demissão sem justa causa por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que passará a ser diário.
A partir daí, a ferramenta analisará se esse empregado preenche os requisitos do seguro-desemprego. Em caso positivo, o trabalhador receberá informações via SMS, e-mail e telefone sobre o andamento do processo de acesso ao benefício, até o momento do saque.

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